
Aos 39 anos de idade, Cristiano Ronaldo construiu um percurso invejável como atleta de alta competição, num dos desportos mais exigentes do mundo. É um dos futebolistas mais bem pagos do mundo e continua a ser um dos jogadores mais eficazes de todos os tempos, a bater recorde atrás de recorde.
Atualmente a jogar no Al-Nassr, da Arábia Saudita, Cristiano Ronaldo iniciou a carreira ainda criança na Madeira. Para perseguir o sonho, deixou a sua ilha e a família com apenas 11 anos de idade rumo a Lisboa, para as escolas do Sporting Clube de Portugal. Veio sozinho. Os pais, pobres, tiveram que permanecer na Madeira, a cuidar dos irmãos.
Num podcast com Will Ahmed, CEO e fundador da plataforma Whoop, Cristiano Ronaldo recordou esse período como "a parte mais difícil". "Foi difícil deixar a minha família, na Madeira, para perseguir o meu sonho em Lisboa", assumiu. CR7 elogia a coragem dos pais, Dolores e José Aveiro, em o deixar ir para Lisboa e admite que não sabe se conseguiria fazer o mesmo com o filho mais velho, Cristianinho, que segue as pisadas do pai no Al-Nassr, nos sub-13.
"Não sei se seria capaz de o deixar partir. E ele tem mais dois anos do que eu tinha na altura. Vai ser difícil", confessou. Ronaldo não esquece o papel do pai, falecido em 2005, na conquista do seu sonho maior. "Comecei a jogar muito jovem, em casa e na rua, com 7, 8, 9 anos, com amigos. É onde tudo começa. Onde me começo a divertir. O futebol foi o meu primeiro amor", recordou. "O meu pai sempre insistiu comigo para eu seguir o meu sonho. Ele viu que eu tinha talento e incentivou-me a jogar na rua e na nossa equipa local, o Andorinha", lembrou ainda.
No topo da carreira nos últimos 20 anos, Cristiano Ronaldo destaca o talento e o trabalho para continuar a ser, à beira dos 40 anos de idade, um dos melhores. "O talento sem trabalho não é nada. E o trabalho sem talento não é nada". "Acho que ambos se misturam. É claro que tenho os dois. Não diria que tenho um mais do que o outro, porque, olhando para toda a minha carreira, nos últimos 20 anos, o meu nível foi elevado. (...) Isso é muito difícil, não apenas no futebol como em tudo. Estar no topo durante 20 anos é inacreditável e é o que continuo a fazer. Para mim, é um grande feito. A minha maior motivação é continuar a desfrutar, a fazer as pessoas felizes, a fazer a minha família feliz", afirmou.