
Sofia pode ter sido apontada como planta da casa mais vigiada no pais, mas teve uma vida que foi tudo menos fácil. Uma história que a podia ter levado à final e onde a tragédia foi uma imagem de marca desde o minuto que nasceu...
Para a jovem nascida em Salvador da Bahia, a vida tem sido preciosa, uma vez que por três vezes, "fora outras" esteve às portas da morte.
"Tudo começou quando tinha 15 dias de vida. A minha mãe acordou com um pressentimento a meio da noite, foi-me ver ao berço e viu que eu tinha tido uma paragem respiratória que durou vários minutos. Fui levada para o hospital a correr não sem que antes a minha avó me fazer os primeiros socorros. Mas escapei por pouco", revela a concorrente de 38 anos.
Anos depois a vida voltou a pregar-lhe uma partida. "Tinha 22 anos quando fui feita refém durante duas horas num autocarro no Brasil. Tive uma arma apontada à barriga", relembra.
"Ninguém podia sair do autocarro. Fomos todos assaltados mas felizmente ninguém morreu, embora a situação tenha ficado tensa e quase se tenha descontrolado por causa de um casal alemão, que estava à minha frente. Fui eu que intervi para acalmar a situação porque pensei que os assaltantes iam mesmo matar o casal alemão e quem sabe outras pessoas", conta.
Anos depois a morte voltou a bater-lhe à porta por causa de um quisto nos ovários. "Fui operada de urgência. O quisto tinha rebentado e eu estive com hemorragias internas durante quatro dias. Mas como achava que não era nada e aguento muito bem a dor física, fui aguentando... mas afinal era algo mesmo sério e eu devia era ter ido logo ao hospital... tanto que quando lá cheguei o médico disse que eu me tinha salvo por uma unha negra, porque se continuasse podia ter feito uma cepticémia", explica.
As histórias de morte não foram só consigo, mas marcaram-na fortemente. A concorrente de Salvador da Bahia viveu-a também através de outros. A história que mais a magoa aconteceu com uma amiga. "É uma história muito dura e não vou partilhá-la no total", diz abalada. "Uma das minhas melhores amigas foi violada...e depois morta. É uma situação que me incomoda mesmo muito".
Mais recentemente e antes mesmo de entrar para o programa foi com a avó que se assustou. "A minha avó esteve muito doente no Brasil", conta.
A situação foi mais preocupante porque já foi "em tempos de Covid", explica Sofia que diz que os pais vivem desde Março uma situação complicada. "O meu pai tem 73 anos e é medico, a minha 68 e é enfermeira, mas subitamente viram-se os dois, em especial a minha mãe, a ter que cuidar a tempo inteiro da minha avó que já tem 91 anos", revela.
E continua com a história. "Tanto era que, quando ela foi para casa, se a minha mãe, que era a sua cuidadora, lhe saisse do campo de visão a minha avó entrava em pânico. Tanto é que a minha mãe durante mais de um mês dormiu nuam cadeira. Foi e é ainda uma situação dificil pois a minha mãe deixou de trabalhar para cuidar da minha avó", explica Sofia que entretanto está só mais descansada porque os três já vieram para Portugal. "Chegaram em Setembro e eu estive no total 2 dias com eles"
A morte também lhe bateu à porta de outra forma. Sofia contou no programa ter tido "um aborto", uma situação que hoje "ainda me faz sentir culpada", conta.
"Todas a mulheres que passaram por isso sabem como se sofre. Foi...é... uma dor profunda. Uma infelicidade gigante", diz a concorrente do 'Big Brother'. "Foi uma mistura de alivio e dor... porque por um lado eu achava que não era a altura certa para ser mãe, mas por outro sentia que o mais certo era se calhar não poder vir a ter mais filhos. Alvio e culpa de uma só vez. É complicado explicar", diz a jovem que só tem medo que aquele aborto tenha sido "a minha última hipotese de ser mãe".