
Quem conhece Júlia Pinheiro sabe que ela é uma mulher de causas e que defende tudo aquilo em que acredita, esteja em direto ou não. Ontem, 2 de fevereiro, a apresentadora da SIC acabou por se exaltar ao falar dos abusos na distribuição das vacinas contra a covid-19.
"Eu hoje estou muito zangada. Estou profundamente indignada com aquilo que tem vindo a ser divulgado em relação às vacinas e à forma pouco ética e moralmente, absolutamente… é para lá de reprovável", começou por dizer a apresentadora após conversa com um dos seus convidados, o enfermeiro da urgência do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Filipe Órfão.
"Estou aqui a conter-me para não elevar a voz (…) mas a ideia de que existem pequenos poderes em Portugal que fazem com que pessoas que têm a possibilidade de fazer escolhas para uma lista de prioritários para serem vacinados e que o façam em benefício de si próprios e das suas relações é, para mim, absolutamente abjeto. É moralmente degradante", continuou Júlia Pinheiro sem conseguir calar a revolta.
Terminou: "É uma tristeza, uma vergonha e eticamente reprovável". Perante esta tomada de posição, a apresentação foi aplaudida pelo público: "Aplausos pela sua mensagem dirigida às pessoas pequeninas, que são o "vírus" da sociedade", "Obrigada Júlia, partilho da sua indignação, faça da sua, a nossa voz", "Que personalidade, muita postura" e "Agradeço a sua frontalidade e coragem para mostrar a indignação e revolta contra o oportunismo, falta de honestidade e a imoralidade e desprezo perante a dor, o sofrimento alheio e os milhares de mortos e velhos indefesos e a indiferença perante a exaustão de todos os profissionais de saúde, bombeiros e demais pessoas, essas sim prioritárias e indispensáveis", são alguns dos comentários deixados.