
Joana Latino foi ao 'Alta Definição', da SIC, e falou abertamente sobre o mais trágico episódio da sua vida pessoal: o assassinato do seu pai.
Em conversa com Daniel Oliveira, a jornalista e comentadora do 'Passadeira Vermelha', da estação de Carnaxide, começou por dizer que o progenitor morreu "de uma maneira horrível", e que foi tudo "muito rápido e absurdo".
Joana revelou então como tudo aconteceu. Estavamos em 2005 e o seu pai, o músico António de Oliveira Silva, de 72 anos, estava a jantar com uma amiga num restaurante, na Torreira, quando Álvaro Ferreira entrou no estabelecimento de caçadeira na mão e começou a insultar a companheira de António, que era sua ex-mulher.
O pai de Joana levantou-se "para tentar acalmar os ânimos", e acabou por ser atingido por um tiro no peito. Morreu momentos depois.
Joana Latino conta, emocionada, que tinha falado com o pai ao telefone "2 minutos antes" de lhe ligarem a dar a notícia. Pediram-lhe que fosse para o hospital de Aveiro de urgência, mas nunca lhe disseram que António já estava morto.
Foi já no local que um enfermeiro terá atirado, de rajada: "Ah, esse já vinha morto na ambulância" – algo que Joana não perdoa, pela forma como foi dito. "Foi assim que eu soube que o meu pai tinha morrido", lamenta.
Joana diz ainda que, na altura, ficou muito zangada com o progenitor, mas que acabou por entender que foi um acto "profundamente heróico".
"Tenho muito medo de me esquecer da voz e da gargalhada dele", revelou ainda, comovida.
Só passado "vários anos" é que conseguiu perdoar o assassino do seu pai, que agiu por ciúmes e encontra-se a cumprir pena de prisão.