
A Rita nasceu com uma paralisia cerebral e como qualquer pessoa na sua condição tem necessidades especiais. Uma dessas necessidades é uma cadeira de rodas, pela qual espera já há vários meses. Perante a falta de respostas da Segurança Social, o pai da jovem, o jornalista da RTP, Mário Augusto, não consegue calar a sua indignação.
Nas redes sociais, o especialista em cinema, faz um longo desabafo em que expõe o caso da filha: "A segurança social de Aveiro, nem pio, nem um postalinho ou mensagem que lhes denuncia a falta de respeito, a vergonha por não terem cumprido até agora o que prometeram, e pior ainda dar uma satisfação conforme prevê a lei", anuncia para de seguida explicar tudo ao pormenor.
Diz ainda Mário Augusto: "As orelhas moucas de quem lidera (neste caso a segurança social de Aveiro) não lhes dá sequer um sentimento de vergonha por não cumprirem nem prazos, nem direito a respostas ou justificações por não satisfazerem a lei de informar sobre o estado das coisas. Outra vez VERGONHA, esperemos que seja o Pai Natal a trazer a boa nova, ou uma notícia que seja. Penso muitas vezes naqueles que sofrem sem conhecer os direitos, são ignorados pelos serviços e burocracias e quando levantam o dedo há sempre alguém a fazer tiro ao alvo de um dedo de indignação e revolta".
Sobre a filha, reflete ainda: "Por estes dias em que a dor, aqui e ali rouba a vivacidade à Rita, sejam as contraturas, as pequenas lesões que ficaram e esperamos fintar em permanência, simples revoltas de dor para logo a seguir procurar ânimo, por vezes sentimos que a Rita anda genuinamente sorridente como quem procura a peça solta do puzzle que ela encaixa todos os dias com o entusiasmo do primeiro Puzzle que conseguiu montar. A resiliência dela é inoxidável".