
O sonho que Luciana Abreu acalentava para a tarde desta quarta-feira, 4 de maio, não se concretizou. Estava previsto ficar decidida a sentença de Daniel Souza, condenado por violência doméstica e psicológica contra a atriz. No entanto, três horas após o início dos trabalhos no Tribunal de Cascais, era visível a frustração em Luciana, na ex-agente, Ana Micaela, e na madrinha da atriz, Odette Raposo. O juíz voltou a adiar a decisão, desta feita para o dia 1 de junho.
Nesta tarde, compareceram no tribunal de Cascais a atriz e também o ex-marido, Daniel Souza, que tinha feito as últimas audiências via zoom. O guia turístico foi ouvido à porta fechada – ao contrário das audiências anteriores – onde foi escrutinado o relatório pedido pelo juiz à DGRSP (A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais). Nem o advogado de Daniel Souza, Rui Bacelar, nem a atriz quiseram comentar o relatório.
"O relatório era a verdade. E não digo mais nada", referiu apenas o causídico do ex-marido de Luciana Abreu. Por seu lado, o advogado da atriz, António Leitão, esclareceu que o relatório serviu "para aferir a personalidade e o carácter do indivíduo para o juiz perceber a pena a aplicar. Porque a ideia é a introdução na sociedade." "Só no dia 1 de junho é que se vai conhecer a sentença. Não houve tempo para mais".
Apesar da atriz recusar prestar declarações no final da audiência, já depois das 17h30, o advogado Rui Bacelar confirmou que Luciana estava insatisfeita com mais este adiamento do processo. "É natural que isso cause aborrecimento porque isto não se resolve", justificou o causídico que representa o guia turístico.
Quanto à acusação de Daniel Souza contra a atriz de não o deixar ver as filhas e estar a pensar avançar com um processo – como referiu durante a entrevista a Manuel Luís Goucha –, o advogado António Leitão não percebeu a ideia do ex-marido de Luciana. "O que posso dizer é que se isso fosse assim teria de haver um processo em tribunal sobre este incumprimento da Luciana e não existe. Daí tirem as conclusões que quiserem", disse. De resto, a própria entrevista que Daniel concedeu a Goucha poderá ser motivo de um processo. Essa decisão apenas será tomada por Luciana e por António Leitão a 1 de junho, quando sair a sentença da condenação por violência doméstica e psicológica.