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Polémica

Jornalista da TVI não esconde revolta com INEM depois de ver homem morrer na praia: "Uma desumanidade enorme"

O jornalista Emanuel Monteiro fez duras acusações ao INEM pelo serviço prestado no socorro a um homem de 58 anos.
08 de agosto de 2023 às 20:22
Emanuel Monteiro
Emanuel Monteiro Foto: Instagram

O jornalista da TVI Emanuel Monteiro viu um homem morrer na Praia da Manta Rota, no Algarve, e acusou o INEM de ter falhado no socorro ao homem.

"Ontem estava na Praia de Manta Rota. Um homem entrou em paragem cardiorrespiratória à nossa frente. Eram cerca das 13:15. Tantos os nadadores-salvadores como dois enfermeiros, entre eles o Rafael Nunes, iniciaram manobras de reanimação ao senhor, que tinha apenas 58 anos, mais novo que o meu pai e, se calhar, que o vosso", começou a escrever nas Instastories.

"O INEM foi logo chamado e devidamente informado sobre o que estava a acontecer. Ao longo de muitos minutos, muitos mesmo, os dois enfermeiros que, tal como eu, estão de férias, não desistiram daquela vida humana e não pararam, nem um segundo, de fazer massagens cardíacas. Ficaram até com queimaduras de abrasão nos joelhos e nas pernas a tentar salvar aquela pessoa. Mas o INEM só apareceu 40, sim, leram bem, 40 minutos depois, e em vez de mandar um Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), com um médico e um enfermeiro, máquinas e medicação que salvam vidas, mandou apenas uma enfermeira e uma técnica de emergência, que mais nada fizeram além daquilo que já estava a ser feito", atirou.

Segundo Emanuel, "o INEM veio depois alegar que não mandou uma VMER porque a única disponível estava a 45 minutos de distância e que, depois, fez uma segunda avaliação com a equipa do INEM, que entretanto chegou e que já não valia a pena, porque o senhor não estava a reverter".

Para o jornalista, "o INEM desvaloriza a ausência da VMER, dizendo que havia uma médica na praia que prestou assistência ao senhor. Falamos de uma médica que, tal como os enfermeiros, estava de férias, sem equipamento ou medicação para salvar vidas".

Emanuel finalizou o texto dizendo que o "Estado falhou", "porque deixou morrer um homem sem ter feito tudo o que podia para o salvar, neste caso ter mandado uma VMER de imediato, com um médico, um enfermeiro, medicação e máquinas de suporte avançado de vida".

O jornalista questionou a razão para só haver um veículo de assistência no Algarve, com o fluxo de pessoas que estão na região, e questionou a razão para o INEM não ter prestado o apoio necessário. "Correm o risco de poderem morrer apenas porque os meios estão longe ou simplesmente porque não aparecem quando necessários".

"Vivi cada segundo daquelas duas horas e aquilo que vi, tenho a certeza, foi de uma desumanidade enorme. O senhor morreu à minha frente sem a presença do INEM e de uma VMER", lamentou Emanuel Monteiro, comparando o apoio dado pelo INEM na Jornada Mundial da Juventude.

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