Já passaram mais de 20 anos desde que Portugal conheceu Zé Maria, que acabou por ser o primeiro vencedor do 'Big Brother' em Portugal. O alentejano não imaginava ao que ia, aliás, nenhum dos primeiros concorrentes sonhava com o que iam viver fechados naquela casa da Venda do Pinheiro, onde tinham mais de meio Portugal a vê-los em permanência.
O Zé Maria das galinhas rapidamente conquistou os portugueses. Franzino e diferente, o alentejano de Barrancos foi ficando e acabou por ganhar o programa apresentado por Teresa Guilherme. Começou aí o pesadelo. De bolsos cheios, coisa que nunca conseguiu no seu Alentejo, Zé Maria tornou-se no centro das atenções. A TVI transformou-o em estrela mediática, mas esqueceu-se de que o alentejano precisava de ajuda para enfrentar algum que desconhecia profundamente.
Antes de se retirar de vez para Barrancos, onde ainda hoje vive, Zé Maria ainda foi protagonista de um programa também ele apresentado por Teresa Guilherme. O formato chamava-se 'As Mulheres de A a Zé' e foi gravado no palacete de Betty Grafstein, em Sintra.
Só que nem a norte-americana nem José Castelo Branco "tiveram discernimento suficiente para prever o resultado das gravações do programa" dentro de portas, conforme se pode ler numa reportagem publicada em setembro de 2002 na revista 'Visão'.
"Ninguém entrou nos andares superiores, onde as paredes estão cobertas de quadros, a maioria deixados à consignação pelos artistas, como se fosse uma galeria", lê-se no referido trabalho jornalístico assinado por Rosa Ruela. "Mas no rés-do-chão, os estragos foram tantos que o casal ainda reclama o equivalente a mais de 2 mil contos de prejuízos". Não se sabe se Betty e Castelo Branco conseguiram que lhes fosse paga essa quantia de dinheiro - bastante dinheiro à época dos factos - que exigiam à produtora do programa em que a grande estrela foi Zé Maria.
