
Ivo Lucas, a fadista Cristina Branco e os outros dois arguidos do caso da morte de Sara Carreira testemunharam esta terça-feira, 24, no Tribunal de Santarém sobre o que aconteceu no trágico acidente de 5 de dezembro de 2020 na A1. De acordo com o 'Correio da Manhã', Tony Carreira e a ex-mulher, Fernanda Antunes, ficaram sentados atrás de Ivo Lucas, sem esconder a emoção enquanto ouviam os relatos dos quatro condutores envolvidos no acidente. O condutor do veículo que sofreu o primeiro embate, Paulo Neves, fazia a viagem abaixo do limite da velocidade e depois de ter ingerido bebidas alcóolicas, mas referiu que "conscientemente pensava que estava bem". "Fiz teste ao álcool no local, mas quis ir ao hospital para fazer outro. Eu pedi para fazer análises ao sangue, porque eu achava que não eram aqueles valores que tinham dado. Tinha dado por volta do 1g/L no sangue", contou.
De acordo com o 'Correio da Manhã', Tony Carreira e a ex-mulher, Fernanda Antunes, ficaram sentados atrás de Ivo Lucas, sem esconder a emoção enquanto ouviam os relatos dos quatro condutores envolvidos no acidente.
O condutor do veículo que sofreu o primeiro embate, Paulo Neves, fazia a viagem abaixo do limite da velocidade e depois de ter ingerido bebidas alcóolicas, mas referiu que "conscientemente pensava que estava bem". "Fiz teste ao álcool no local, mas quis ir ao hospital para fazer outro. Eu pedi para fazer análises ao sangue, porque eu achava que não eram aqueles valores que tinham dado. Tinha dado por volta do 1g/L no sangue", contou.
O carro de Paulo Neves sofreu um choque do veículo da fadista Cristina Branco. "A minha memória imediatamente a seguir de sair da portagem é de pôr a mão no peito da minha filha e de travar e avisar: 'Vamos bater'", contou a fadista. Contrariando a acusação, Cristina disse que ligou os quatro piscas, saiu do carro e foi buscar a filha ao lugar do passageiro. Momentos depois aconteceu o segundo embate, do carro de Ivo Lucas e Sara Carreira. "Eu estava ao telefone com o 112, abraçada à minha filha, foi a minha filha que viu esse momento e não eu", relatou.
Contrariando a acusação, Cristina disse que ligou os quatro piscas, saiu do carro e foi buscar a filha ao lugar do passageiro. Momentos depois aconteceu o segundo embate, do carro de Ivo Lucas e Sara Carreira. "Eu estava ao telefone com o 112, abraçada à minha filha, foi a minha filha que viu esse momento e não eu", relatou.
"A minha filha começa a gritar e eu olho e vejo um carro a sobrevoar as nossas cabeças", recordou.
Ivo Lucas contou que tinha saído do Porto com Sara Carreira, depois de terem tratado de alguns pormenores sobre a coleção de roupa da filha de Tony Carreira. "Não sei precisar a velocidade, nós não tínhamos pressa em chegar", explicou. A juíza já tinha explicado que o ator conduzia entre os 129 e os 131 km/h."Eu dirijo-me a Sara – porque eu estava a fazer uma personagem e disse-lhe, era a nossa forma de falar – eu digo que a amo muito e que tenho muita sorte de a ter na minha vida", relatou. "E ela diz-me: 'E eu a ti'".
Em seguida, Ivo Lucas disse ter visto um vulto na estrada, tudo o resto passaram a ser flashes de memória, explicou. "A única memória que eu tenho é de estar no meio da autoestrada com braço partido, sem t-shirt e sem saber onde estava e sem saber da Sara"."É tudo muito rápido, todas as memórias que tenho são flashes. Senti muita pressão na cabeça, não sei explicar, é uma sensação de montanha russa", descreveu. Segundo a juíza, o veículo de Ivo Lucas "capota e bate contra a barra de segurança e fica imobilizado. Lesões do embate foram a causa direta da morte de Sara".
Segundo a juíza, o veículo de Ivo Lucas "capota e bate contra a barra de segurança e fica imobilizado. Lesões do embate foram a causa direta da morte de Sara".
O terceiro embate aconteceu com o veículo do operador de câmara Tiago Pacheco contra o carro onde estavam Ivo e Sara. "Recordo-me de ver umas luzes no lado direito e de manter-me na faixa central afastado da berma e depois lembro-me de sentir um carro, de passar por cima de alguma coisa… destroços pequenos, grandes, do tamanho de uma cadeira e depois senti o airbag a disparar. Depois virei para a direita e parei na berma muito lá à frente", contou Tiago. "Eu não senti nenhum impacto", sublinhou. "Na minha viatura nem danos à frente tenho". O julgamento prossegue esta tarde com as testemunhas do acidente. Ivo Lucas, Cristina Branco e Paulo Neves são acusados de homicídio por negligência. Tiago Pacheco é acusado de condução perigosa de veículo.
"Recordo-me de ver umas luzes no lado direito e de manter-me na faixa central afastado da berma e depois lembro-me de sentir um carro, de passar por cima de alguma coisa… destroços pequenos, grandes, do tamanho de uma cadeira e depois senti o airbag a disparar. Depois virei para a direita e parei na berma muito lá à frente", contou Tiago.
"Eu não senti nenhum impacto", sublinhou. "Na minha viatura nem danos à frente tenho".
O julgamento prossegue esta tarde com as testemunhas do acidente. Ivo Lucas, Cristina Branco e Paulo Neves são acusados de homicídio por negligência. Tiago Pacheco é acusado de condução perigosa de veículo.