
Tinha apenas três anos quando os pais resolveram divorciar-se. Não foi fácil para Rui Bandeira que acabou por se sentir um 'joguete' nas guerras entre pai e mãe. Estas foram as primeiras confidências feitas pelo cantor a Daniel Oliveira no programa 'Alta Definição', na SIC.
Recordações sofridas já que o músico viveu até aos 12 anos sem ter a mãe por perto, pois ele acabou por viver em casa dos avós paternos e só via a mãe ao fim de semana: "Ela batalhou sempre muito nos tribunais para eu ficar com ela. [...] Entretanto, entrei na adolescência e, aos 12 anos, decidi fugir de casa e ir viver com a minha mãe. Se calhar, desiludi o meu pai também", lembrou Rui frente às câmaras.
Uma das razões que o levaram a sair de casa do pai prende-se com o comportamento da madrasta para com ele: "O meu pai casou-se com uma pessoa que passou mais tempo comigo do que com o meu próprio pai. Havia um choque muito grande entre mim e ela, mas ela não era a minha mãe. Isso foi fazendo com que aos 12 anos eu já não aguentasse mais", assumiu o músico.
"Houve alguns maus-tratos e abusos [por parte da madrasta], mas o meu pai ignorou. Foram abusos psicológicos e físicos, a comunicação também não era a melhor. O meu pai só voltava à noite do trabalho", recordou mas sem guardar mágoas do pai, conforme fez questão de garantir.
O mesmo já não se pode dizer da madrasta: "Não culpo a pessoa em questão, era outra época, mas as marcas ficam cá. Por outro lado, também era a pessoa que contribuía financeiramente para eu estar ali. Tive de perdoar aquilo que aconteceu. Ainda hoje dói com 51 anos, mas se não perdoares a vida vira-se contra ti", realçou.