
"Como é possível?" e "ninguém pensava que isto ia acontecer" foram alguns dos pensamentos dos enviados especiais da SIC à Ucrânia, Ana Peneda Moreira e Fernando Silva, ao mesmo tempo que viam "crianças a chamar pelo pai, que fica para trás", num país onde "se sentia o medo", mas há "esperança".
Os dois jornalistas estiverem ontem, 4 de março, no 'Jornal da Noite' à conversa com Rodrigo Guedes de Carvalho e relataram os dias que passaram em Kiev e tudo aquilo que mais os marcou nestes dias em que testemunharam o início do conflito bélico provocado pela invasão da Rússia à Ucrânia.
Já no final da entrevista, Ana Peneda Moreira mostrou um presente que lhes foi oferecido: "Isto foi-nos dado logo nos primeiros dias e isto simboliza muito a forma como fomos recebidos na Ucrânia", começou por dizer a jornalista segurando nas mãos aquilo que lhe é tão querido.
"É uma boneca ucraniana que é o símbolo da amizade sem rosto. E, no fundo, acho que é muito o símbolo da forma como nós temos que olhar para a Ucrânia. Esta é uma guerra que tem rostos, muitos rostos...", acrescentou.
Prosseguiu, então, o seu pensamento: "Mas, de facto, há aqui algo pelo qual se tem de lutar, independentemente dos rostos de quem está à frente e das pessoas que estamos a ver. Portanto, isto vai ficar... em nome da tal humanidade", concluiu a jornalista da SIC.