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Drama

O rosto da preserverança: bailarino do 'Dança com as Estrelas' Renato Nobre sofreu grave acidente de mota, esteve 5 dias em coma e em risco de perder o andar

O dançarino tem vindo a recuperar, mas deixa os relatos de uma longa e dura luta contra os graves ferimentos.
Por FLASH! | 09 de julho de 2025 às 16:31
Esteve 5 dias em coma, correu risco de não voltar a andar, mas deu a volta: a incrível história de Renato Nobre, bailarino do Dança com as Estrelas, que sofreu um trágico acidente de mota
Renato Nobre e Jéssica Athayde
Ana Garcia Martins e Renato Nobre
Renato Nobre e Inês Aires Pereira
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Renato Nobre e Jéssica Athayde
Renato Nobre e Bárbara Branco
Renato Nobre a dançar com Pimpinha Jardim
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Renato Nobre a dançar com Pimpinha Jardim
Renato Nobre a dançar com Pimpinha Jardim
Renato Nobre e Jéssica Athayde
Ana Garcia Martins e Renato Nobre
Renato Nobre e Inês Aires Pereira
Renato Nobre e Jéssica Athayde
Renato Nobre e Bárbara Branco
Renato Nobre a dançar com Pimpinha Jardim
Renato Nobre a dançar com Pimpinha Jardim
Renato Nobre a dançar com Pimpinha Jardim

O bailarino Renato Barros Nobre, que em 2015 ganhou reconhecimento através do 'Dança com as Estrelas', enquanto par de Pimpinha Jardim, teve um aterrorizador acidente de mota em maio de 2023 que o deixou em coma e inclusive em risco de não voltar a andar. Recentemente falou sobre a gravidade do sinistro e do longo e doloroso período de recuperação.

"O prognóstico sempre foi muito grave: sempre foi 'Renato, não vais voltar a andar como uma pessoa normal, começa a pensar em plano B, a dança vai ser muito difícil. (...) Emocionalmente foi muito difícil de contrariar, os médicos para nós são soberanos", começou por relatar.

Quando soube que ia falhar a Eurovisão, onde iria atuar pouco depois, percebeu que a situação era mais grave do que pensava  "Lembro-me de ter pedido ao meu irmão: ‘Então, mata-me'. Tive uma fratura periorbital, com alguma perda de visão, tive uma fratura do pulso esquerdo, perdi estes três dedos".

"Entrei em Alcoitão com suspeita de tetraplegia. Tive fratura do colo do fémur. Atualmente, tenho três parafusos na anca. Tive fratura do fémur, tenho uma cavilha do joelho até à anca. Descobriram à terceira semana de internamento uma fratura no polo inferior da rótula, portanto o meu joelho direito também ficou afetado", referiu.

"Durante sete meses e meio estive internado, entre Santa Maria, uma clínica privada a aguardar vaga em Alcoitão, onde numa das consultas que tenho com uma psicóloga e ela pergunta-me: 'Em que é que o Renato acredita?' Eu disse que acreditava que ia voltar a dançar. Ela disse-me para não pensar em planos B", sublinhou, antes de frisar: "Muita fisioterapia, muita dor, muita força de vontade e amor à minha volta da parte dos fisioterapeutas, dos médicos mais positivos, família, amigos a dizerem me que ia voltar."

Na entrevista a Cristina Ferreira e Cláudio Ramos declarou: "Tive muitas dúvidas. Parte de mim queria acreditar que voltaria a dançar, mas lá está, nós acreditamos muito naquilo que os médicos nos dizem e por muito que tentemos contrariar, eles são sempre soberanos aos nossos olhos. A minha luta foi contrariar a medicina. Foi violento. (...) A recomeçar tudo, reaprender a andar. Voltei para trás na minha vida."

"É a sensação de que deixa de existir propósito na vida. A incerteza de poder voltar a dançar, entre outras coisas. Nem com a minha licenciatura [em Desporto] conseguia fazer grande coisa naquele estado", assume.

Renato conta que houve cenários muito negativos em cima da mesa: "Estive em risco de amputação, no período em que estive em coma durante 5 dias, foi a minha família que recebeu as notícias mais trágicas, porque eu estava a dormir e dizem numa reunião médica ao meu irmão que a minha perna estava a reagir mal. Tive um síndrome compartimental, que, em casos severos, aquilo que se costuma fazer é a amputação. Felizmente, caiu-me um anjo da guarda que fez com que fosse possível salvar a minha perna. Foi operada quatro vezes."

"A própria imagem de eu estar em coma foi muito agressiva para a minha família", relevou.

No meio de tudo isto, contou com o apoio do amigo e mentor Cifrão: "O Cifrão foi visitar-me ao Santa Maria, virou-se para mim e disse: 'Renato, agora é boa altura para fazeres outros cursos que gostavas de fazer', um curso de vídeo e de inglês. Recebi aquela mensagem como que devia pensar em planos B. O Cifrão foi uma das pessoas que mais me apoiou, que me trouxe de volta ao mercado, a quem estou eternamente grato."

De seguida, descreve como foi o seu regresso aos palcos: "Foi uma mistura de sentimentos, alguma vergonha pelas cicatrizes, senti que não estava completamente à vontade. Sinto que ainda é um processo, ainda não estou totalmente recuperado, mas foi isso que senti, muita alegria por ter voltado, mas por outro lado estou diferente, não estou igual aquilo que era."

Por fim, questionado sobre se falou com a mulher que o abalroou, revelou: "Nunca falei com essa pessoa, ela nunca me procurou. Gostava de poder no futuro cruzar-me com ela porque não percebo como uma pessoa que causa um acidente deste dimensão não me procura. Tudo certo, mas há uma coisa que não perdoo: esta senhora não omitiu, ela mentiu sobre uma verdade, ela disse numa declaração amigável que fui eu a ir contra ela. Eu não me lembro, mas houve testemunhas. (...) Foi muito tempo de muita burocracia. (...) Felizmente no mês passado, a seguradora da culpada assumiu por inteiro a responsabilidade."


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