Duas vezes por semana, Diogo Carmona, de 25 anos de idade, vai ao ginásio. Afastado do pequeno ecrã desde a curta participação ma novela 'Golpe de Sorte', da SIC, protagonizada pela malograda Maria João Abreu, o ator arregaçou as mangas, na esperança que, um dia, RTP, SIC ou TVI o convidem para um projeto de ficção nacional.
"Antes, fazia exercício. Após o acidente [colhido por um comboio, em 26 de Outubro de 2019, acabou por perder a perna esquerda], fiquei com uma vida mais sedentária e comecei a ganhar peso. Há um mês decidi mudar. Conheci o Filipe Duarte [personal trainer] e ele fez-me uma proposta para mudar o corpo…", conta, em exclusivo, à 'TV Guia' desta semana, entusiasmado por ir ficar "mais musculado".
Se será isso que lhe vai abrir portas na ficção nacional, não sabe. "Estou a tentar perceber se foi o acidente que mudou alguma coisa. Sempre fui bom profissional, estou mesmo orgulhoso do que fiz e, por isso, não percebo a razão de não haver projetos para mim", desabafa Diogo Carmona, triste, à mesma revista, num testemunho impressionante.
O ator recusa baixar os braços perante as adversidades. "Só queria que me dissessem onde é que falhei. Mas, se falhei, pergunto: ‘não posso ser perdoado?", continua o jovem, que, de uma forma amadora, vai conseguindo matar as saudades da representação: "Estou a montar um projeto de teatro com ex-colegas da escola. Estamos a escrever uma peça e vamos apresentá-la em breve. Recentemente, também fiz um filme [De Perdidos a Rio, da Netflix], mas não estou onde queria estar. Tenho muito para dar como ator e tenho pena de se terem esquecido de mim."
"Desiludido" com o mundo artístico, classificando-o como "injusto", o ator que brilhou em 'Floribela' (SIC) e 'Morangos com Açúcar' (TVI) deixa mais uma crítica ao sistema: "As oportunidades nem sempre vão para quem as merece."
