
A poucas horas do Festival da Eurovisão, as Doce não perdoam e atacam a RTP. Sentem-se revoltadas, tristes e humilhadas. "É de um nível de canalhice e sacanice sem limites", dizem.
"Estou contra o facto de, deliberadamente, nos quererem anular do panorama musical português. Não é pelas músicas. O que a RTP fez às Doce no último Festival da Canção é humilhante. É de um nível de canalhice, sacanice e de uma indignidade sem limites. Foram estas quatro pessoas, e não outras, que deram o sangue pelo projeto."
O grito de revolta é de Fátima Padinha – ex-mulher de Pedro Passos Coelho –, uma das cantoras originais da mais emblemática banda feminina portuguesa de sempre.
Assumindo-se como porta-voz de um episódio que classifica de "triste" e de "total falta de respeito" por parte dos responsáveis da RTP, Fátima Padinha detalha, em exclusivo à TV Guia, pormenores de vuma história até agora nunca contada. "Com esta invenção de criarem um grupo a que chamaram mais Doce [Catarina Salinas, Marta Ren, Selma Uamusse e Ana Bacalhau], onde entre a Ana Bacalhau, que é uma cantora de sucesso que não precisava de se sujeitar a esta indignidade, a RTP está a anular as pessoas, a apagar a própria história."
A cantora avança ainda como todo o caso, ocorrido em março último, em Guimarães, se terá desenrolado e como granjeou contornos de escândalo. "Ligaram no dia 25 de janeiro à Teresa Miguel a pedir-lhe os fatos originais das Doce, dizendo que era para as apresentadoras. A menina que ligou jamais disse à Teresa que iam fazer um grupo para cantar as nossas canções, numa espécie de homenagem, ou lá o que fosse. Aliás, a Teresa, que não tem os fatos, respondeu-lhe que cahava que nos iam convidar para estarmos presentes na cerimónia. Afinal, nada, nem uma fotografia das Doce se designaram a colocar no ecrã gigante quando o tal novo grupo cantou as nossas músicas."
Recorde-se que as Doce, originalmente, eram formadas pelas cantoras Fátima Padinha, Helena Coelho, Laura Diogo e Teresa Miguel.
Toda a história na edição da TV Guia desta semana, já nas bancas.