
Este sábado, dia 4, vai para o ar o 2.º episódio de um novo modelo de talent show: um programa com 15 costureiros de várias partes do país que vão ser avaliados pela sua técnica e criatividade.
‘Cosido à Mão’ chega às casas dos portugueses com a apresentadora Sónia Araújo e a criadora de moda Susana Agostinho no papel de júri. Mas a grande novidade do programa é o alfaiate Paulo Battista, um dos favoritos das estrelas e dos jogadores de futebol.
Mas quem é afinal Battista, que conquistou os títulos de "alfaiate dos famosos" e "CR7 da alfaiataria"?
Paulo tem 39 anos e nunca pensou que a televisão estivesse no seu horizonte quando começou a desenhar as primeiras peças de roupa.
Esta é a primeira vez que sai do seu atelier na Rua Rodrigues Sampaio, em Lisboa, para assumir um papel com esta responsabilidade diante das câmaras. "Aceitei no intuito de colaborar em tudo o que seja para divulgar a minha área".
PASSADO DE DIFICULDADES
Enquanto na adolescência viu-se a viver sozinho no Bairro Social Cruz Vermelha, em Lisboa, porque cresceu sem pai e a mãe teve de trabalhar no estrangeiro, actualmente Paulo Battista tem o carinho de clientes como Manuel Luís Goucha, o primeiro, Miguel Cristovinho, João Paulo Rodrigues, Daniel Oliveira, Ricardo Quaresma ou Adrien Silva. "Da selecção portuguesa
tenho praticamente toda gente, menos o Cristiano Ronaldo", conta em tom de brincadeira.
Depois de terminar o 12.º ano e sem conseguir entrar na Faculdade por dificuldades financeiras, Paulo trabalhou como barman e mais tarde numa conhecida alfaiataria lisboeta, a Rosa & Teixeira, onde descobriu a paixão pela costura. Isso levou-o até Madrid para estudar os meandros da arte que mais tarde veio a adoptar como profissão.
É casado com Susana e tem 3 filhos: Rafael, de 15 anos, Miguel, de 10, e Renata, de 7.
Com os 13 episódios já gravados, o alfaiate de 39 anos (quase 17 anos de experiência) garante que Cosido à Mão "vai ser um programa de emoções, de pessoas reais". "É isso que eu acho que vai ser uma mais valia. Vai prender as pessoas à televisão", justifica.
Questionado sobre a visibilidade e a possibilidade de este trabalho lhe trazer mais clientes, é peremptório: "Não acredito que seja o programa que me vai trazer clientes. Aliás, não aceitei para isso, porque graças a Deus já tenho os meus clientes. Quem conhece a alfaiataria sabe que isto não é um trabalho para massas, é para fazer pontualmente, para quem gosta de vestir por medida. Não vai ser o programa que vai trazer-me mais ou menos trabalho".