Os trabalhadores da TVI anunciaram que vão avançar para uma greve no próximo dia 8 de março se a administração do canal não subir os ordenados em pelo menos 8 por cento.
A informação foi avançada por Rolando Santos, da Comissão de Trabalhadores, que adianta que ficou decidido em plenário um pré-aviso de greve de 24 horas: "Aprovado em plenário por unanimidade pelos trabalhadores da TVI e, portanto, se até ao final do mês as reivindicações que os trabalhadores apresentam não forem atendidas por parte da administração". Os trabalhadores queixam-se de terem perdido condições ao longo dos ano em que não houve qualquer aumento: "o historial da empresa é muito mau, com muitos anos sem qualquer tipo de aumento" e que isso levou uma "degradação salarial muito acentuada". Assim, dizem é necessário um aumento geral: "8% é o mínimo aceitável, porque cobre a taxa de inflação".
Entre as outras exigências, pedem à administração a "atualização do subsídio de alimentação para o máximo permitido legalmente", a "concessão de 25 dias de férias anuais e outras questões que têm a ver com o plano de carreiras".
"Vamos tentar falar com a administração o mais depressa possível, temos uma reunião regular com eles mensal e tencionamos falar com eles nos próximos dias", disse o interlocutor da Comissão de Trabalhadores. "O plenário teve uma participação muito grande e foi lá que surgiram estas propostas, que foram aprovadas depois, por unanimidade".
Este pré-aviso de greve, que foi tornado público esta quinta-feira, acontece numa altura em que a estação está a celebrar 30 anos, tendo por isso várias iniciativas para assinalar da data redonda.
Há algum tempo que há algum insatisfação junto de alguns trabalhadores do canal, nomeadamente em relação a ordenados milionários, como o de Cristina Ferreira, que ganha mais de 200 mil euros por mês, e de outros colaboradores que entraram recentemente no grupo com ordenados acima da média do canal.
