Descontraído, dinâmico, hiperativo e com um imenso jogo de cintura. Marcelo Rebelo de Sousa, de 68 ano de idade, nunca é apanhado desprevenido, por muito insólita que seja a situação que lhe aparece pela frente. Prova disso foi quando um jornalista francês lhe perguntou quem era, à porta da ONU. Com naturalidade, Marcelo respondeu: "Sou o Presidente da República Portuguesa".
Por onde passa recebe banhos de multidão e, apesar de ser hipocondríaco e andar sempre com uma bolsinha com medicamentos básicos, nunca recusa um beijinho ou um abraço.
Por vezes, a sua presença chega a ser verdadeiramente surpreendente. Durante a campanha prometeu a uma idosa, num lar do Barreiro, que por lá passaria, para beber um bagaço com a senhora, caso ganhasse as eleições. Cumpriu. Voltou ao Barreiro em dezembro para entrar numa tasca e provar a ginginha nova. Vendeu livros num centro comercial, a favor do IPO. Abraçou os sem-abrigo numa das noites mais frias do ano.
Marcelo Rebelo de Sousa é um campeão de popularidade e protagonista de momentos impagáveis e, muitas vezes, improváveis. Quebra o protocolo a gosto e preferia não ter seguranças. Continua igual a si próprio. "Uma pessoa quando chega ao cargo não muda. Se mudasse até era estranho", declarou, em entrevista à SIC, no dia 22 de janeiro.
