
Mafalda Luís de Castro admitiu sempre ter tido "muitos complexos" em relação ao corpo e fez uma reflexão sobre os motivos pelos quais nunca apreciou a sua imagem exterior, tal como a cultura da "mulher ideal" que conduz a comportamentos e pensamentos pouco saudáveis.
"Vou contar-vos uma coisa. Eu nunca amei o meu corpo como devia. Sempre tive e tenho muitos complexos, resultado de feridas antigas que nunca sararam por completo. Feridas causadas por uma sociedade que me ensinou que a "mulher ideal" tem de ser magra, seca, pele lisa, sem celulite nem estrias ou cicatrizes e com curvas. Nunca fui nada disso e quis sempre muito", começou por escrever a atriz numa publicação no seu Instagram pessoal.
"Cresci nos anos 90, época em que as modelos ainda eram mesmo muito magras a roçar a anorexia. Fiz rítmica desportiva de competição durante 5 anos, onde infelizmente ouvi um comentário por parte de uma das treinadoras e nunca me vou esquecer desse dia. Eu sei que não fez por mal. Disse-o até com um tom carinhoso: ‘a minha menina gordinha’, mas posso dizer que desde aquele momento, nada ficou igual. Eu nem sequer era gorda mas sempre fui a mais rechoncha de todas e cresci a ver as mulheres da minha família a fazerem constantes dietas duras (sempre com efeito ioiô) e a acreditar no culto do corpo magro", acrescentou.
"Que comentem menos os corpos das outras pessoas, que não reajam com cara de felicidade quando veem alguém que emagreceu sem antes saberem o motivo, que olhem para as nuances únicas dos seus corpos e as amem, nem que seja por um bocadinho, e que um dia, este, seja um mundo onde ser é mais importante do que o que queremos aparentar. Muito amor para todas/os!", rematou Mafalda Luís de Castro, recebendo na caixa de comentários mensagens positivas por parte de amigos e colegas como Fernando Rocha, José Carlos Pereira ou Ana Moura.