
Em agosto passado, Micaela pediu ao tribunal de Setúbal que decretasse a sua "insolvência pessoal singular", "com pedido de exoneração do passivo restante". O requerimento da advogada da artista foi aceite pelo tribunal que, três dias depois, nomeou uma administradora de insolvência, que irá procurar uma solução para as dívidas que já ultrapassaram, sem juros em mora, o montante de 99.513 euros.
Os argumentos da cantora para apresentar a insolvência é de que "desde 2013, a requerente nunca mais conseguiu erguer a sua carreira". "A sua imagem está deveras manchada no meio artístico, por todas as notícias que aquele exequente [Carlos Quaresma] faz questão de chegar à comunicação social (…) É verdade que a requerente é devedora, mas não é menos verdade que tudo tem feito para reerguer a carreira, o que não consegue", adiantava-se no requerimento apresentado em tribunal.
Agora, e segundo notícia avançada pela revista 'TV Guia', o Tribunal da Comarca de Setúbal aceitou um requerimento do advogado do queixoso Carlos Quaresma, um emigrante português radicado na Suécia, e vai investigar se a cantora Micaela, prestou falsas declarações quando se deu como insolvente e assim evitou pagar mais de 100 mil euros a vários credores.
A justiça vai notificar a cantora e esta terá de esclarecer o tribunal sobre o nível de vida que exibe nas redes sociais. "Essa senhora, e o companheiro, o agente musical José Orlando, vivem numa moradia num condomínio de luxo na margem Sul do Tejo e andam de Mercedes. Ela exibe sinais exteriores de riqueza e tem negócios de roupa e bijuteria online", acusa o homem a quem Micaela deve dinheiro.
"O tribunal já percebeu que a Micaela anda a fugir ao fisco há muitos anos e não declara o que ganha nos concertos, porque quem fatura é o José Orlando através da empresa MSpencer, que está em nome das filhas dele", avancou à 'TV Guia' Carlos Qauresma.