Com a corrida à Câmara de Lisboa já na reta final, conheça Alexandra Leitão, a aluna a quem Marcelo Rebelo de Sousa anteviu um percurso brilhante, que pode roubar o trono a Carlos Moedas na principal autarquia do País mas que, no fim do dia, é uma mulher com os dramas de tantas outras...
Numa altura em que as sondagens dão empate técnico para a Câmara de Lisboa, os candidatos mantêm-se em campanha com as confissões mais pessoais. Das dores de juventude aos filhos que faz de tudo para proteger, Moedas mostra-se à-vontade nos palcos mediáticos.
O movimento acentuado do turismo que se regista atualmente pode ter levado "a que fosse mais difícil o elevador parar", uma vez que não se queria causar prejuízo, disse o antigo presidente da Câmara de Lisboa no canal Now.
Nos últimos dias, o brilho tão próprio de Lisboa foi substituído por uma sensação de desconfiança de locais e turistas, que questionam tudo aquilo que davam como adquirido. No meio dos cacos da tragédia, das lágrimas, do medo e da insegurança, Pedro Nuno Santos pede a demissão de Carlos Moedas, e a sua opositora, Alexandra Leitão, lamenta o monólogo do presidente da Câmara, sem direito a perguntas. Com as autárquicas marcadas para outubro, derrocada política pode ser um risco.
Presidente da República, primeiro-ministro e presidente da Câmara Municipal de Lisboa deslocaram-se a pé desde a igreja de São Domingos à Calçada da Glória para depositarem ramos de flores no local da tragédia, junto ao Elevador da Glória.
Os números da tragédia do Elevador da Glória davam conta, pela manhã desta quinta-feira, dia 5, de 16 vítimas mortais e 23 feridos, cinco deles em estado grave. Ao mesmo tempo que várias investigações decorrem na urgência de apurar responsabilidades, Lisboa acordou com uma sensação de vazio e horror de um drama já cravado na história da cidade.
Chegámos a um ponto em que já não importa ser arguido. Não se lhe conhecem crimes. Montenegro está a comer o pão que o diabo amassou por não ter dado respostas claras.