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Viagens

8 destinos para conhecer em agosto. Aproveite que ainda vai a tempo...

Farto da pandemia? De gente? Da rotina? Farto disto tudo? Então recoste-se e venha daí viajar. A FLASH! dá-lhe um roteiro especial para agosto, e que ainda é possível realizar. Enfim... nem que seja em 2022 (como já vai perceber).
Luísa Jeremias
Luísa Jeremias
12 de agosto de 2021 às 21:59
Mikonos
Mikonos Foto: getty images

1. Lisboa, Portugal

Lisboa cidade
Lisboa cidade Foto: iStock

Vamos começar pelo óbvio e por "casa". Há dois meses no ano para conhecer Lisboa: junho - por causa das ruas enfeitadas pelos arraiais dos santos populares - e agosto - pela luz única que ilumina a cidade. Neste mês os monumentos brancos parecem brilhar sob o sol alto, o Tejo fica prateado com o sol a bater, a cidade respira liberdade. E isso torna-a ainda mais bonita. Lisboa é daquelas cidades que parece não ter crescido, convidado a passeios nos parques, a dois dedos de conversa e uma espreguiçadela na relva, a uma caminhada ao longo do rio, a um fim de tarde numa esplanada, rematado com um beijo longo e saboroso. Lisboa é isto e, por agora, a tentar reergue-se destes meses de clausura, merece um regresso mais demorado. Aproveite o que há de novo na cidade, visite as exposições que já abriram portas, dê uso aos ténis e aos óculos de sol e não pense muito para onde vai. Vá e pronto. E aproveite.

2. Sevilha, Espanha

Sevilha
Sevilha Foto: getty images

Tem gente? Tem. Tem calor? Muito. Tem ajuntamentos? Provavelmente (para não dizer de certeza). Então por que raio havemos de ir a Sevilha neste agosto? Porque tem salero. Tem tapas. Tem música a cada canto. Tem risos. Tem vida. Vida! O que andamos mesmo a precisar: vida. Sevilha arde no verão. Continua a ser daquelas cidades espanholas, que se poderia perder no tempo e nas tradições e ir desaparecendo. E, no entanto, mantém-se encantadora, de tão genuína e "raçuda" que é. Não, não tem vergonha de ser uma cidade de "toiros", com cartazes de cartéis espalhados pelas paredes - isto é real, não é para turista ver - e também continua a manter abertas aquelas tabernas com cadeiras velhas e "barras" cheias de fregueses que falam alto ao mesmo tempo e pedem insistentemente mais "una caña" ou um "tinto verano"A acompanhar com jamon, claro! Tapa. Sevilha tem História e, como Lisboa, também convida a perdermo-nos entre ruas estreitinhas, em busca de um novo recanto. E se formos ficando, e ficando, e acabarmos numa roda de flamenco, também não faz mal. É vida. Olé!  

3. St. Tropez, França

Saint-Tropez
Saint-Tropez Foto: getty images

Ou é em agosto, ou nunca. VIP que é VIP, que quer ver e ser visto, que quer fazer selfies para o instagram e mostrar que está cheio de "si" para poder desfilar na marina com os últimos modelos (verdadeiros, não de contrafação) de grandes marcas... tem de passar por St. Tropez durante o verão. O que tem de especial aquele vilarejo, com uma praia de calhau, um mar nada de especial (embora seja Mediterrâneo), hotéis antigos como os do centro de Paris, absolutamente inflacionados para o que valem? O que tem St. Tropez? Curiosamente, "dinheiro velho". Confusos? Como é que um local frequentado por novos ricos tem ainda a caminhar entre esplanadas e a praia a "nata" da Europa? É simples: St. Tropez nunca perdeu nem o charme nem os visitantes habituais - que não a trocaram pelas Miami e os Dubai da vida. Requintada - como a maquilhagem de uma dama que nunca perdeu a pose -, snob q.b., e com aquele "saber estar" à francesa, a cidade acaba por seduzir quem a escolhe como ritual de passagem obrigatório. Há locais mais bonitos na Côte d'Azur? Certamente. Mas com este 'elan', não.  

4. Mikonos, Grécia

Mikonos
Mikonos Foto: getty images

É festa que queremos, num cenário de mar e de alegria? O destino está escolhido e chama-se Mikonos. Há muito que a ilha se tornou estandarte da comunidade gay mundial, que a transformou numa meca do turismo que gosta de divertir e tem dinheiro para o fazer. Festas, bares, bons restaurantes, um mar quente e delicioso, a ilha construiu uma imagem capaz de suplantar as concorrentes Marbella, Ibiza, Croácia... Mikonos tem sabor a alegria nos tons do verão e conseguiu criar ambientes para diferentes "nichos": os mais abastados, com capacidade para alugar os super-iates e frequentar os melhores espaços e, mais recentemente, uma classe média que quer aproveitar o melhor que a ilha e não a descaraterizou, pelo contrário, "abriu-a". Mikonos em agosto é confusa, é certo. Mas é o símbolo do verão mediterrânico. E, já agora a boa notícia: este ano está cheia de voos por bom preço numa tentativa de capitalizar turistas fartos de clausuras pandémicas. Aproveite! 

5. Monterey e Venice, California, Estados Unidos

Monterey
Monterey Foto: getty images

Este é um dois em um, porque as duas localidades não são assim tão longe uma da outra e porque... não conseguimos optar. Por partes. Recorda-se daquele cenário de cair para o lado de lindo, com o Pacífico em fundo, de 'Big Little Lies'? Então: seja bem-vindo a Monterey. Tudo é belo, organizado e apetece ficar (para viver). Monterey é daquelas cidades que se desejam não para turismo mas para a vida toda. E, no verão, ainda tem uma atração extra: podem ver-se baleias azuis. Agora, se quiser passar da organização para a liberdade de uma imensa comunidade hippie que mistura locais com ela própria se ter transformado numa atração turística, então o local a visitar é Venice. Ali voltamos à mood flower power e chegamos a acreditar que nos podemos cruzar com Janis Josplin a qualquer momento. Por enquanto, com as regras covid, não está fácil viajar para os Estados Unidos, mas... não custa tentar. 

6. Gerês, Portugal

Gerês
Gerês Foto: getty images

Farto de gente? Farto de calor? Farto de dores nas pernas por ter passado o ano inteiro parado, em casa, a olhar para o computador, em reuniões 'zoom'? Nós temos a solução e ela é tão simples... O Gerês está à sua espera, a três horas, máximo, de qualquer local onde se encontre no nosso país. Ah, está bem, já conhece, já lá esteve... Acredite: não conhece! Não conhece como devia porque este parque natural é um santuário de boas energias, de fotossíntese, e de tudo o que podemos imaginar que nos faz bem ao corpo e à alma, tanto é o verde... e o silêncio. Por que vale a pena a viagem e tentar encontrar alojamento numa das (já várias) cabanas de turismo de montanha que ali se descobrem? Porque os passeios pelos trilhos são maravilhosos, a paisagem deslumbrante e, como se tudo isto não bastasse, está "fresquinho". Calor de agosto é algo que dificilmente se sente por ali. Convencido? Vá, faça a mochila e ponha-se a caminho que até vai ganhar anos de vida. 

7. Masai Mara, Quénia

Masai Mara, Quénia
Masai Mara, Quénia Foto: getty images

Reza a lenda - e não só a lenda, mas também as leis da natureza que regem o local - que as grandes migrações de animais de grande porte, entre o Quénia e a Tanzânia acontecem entre Julho e Outubro, todos os anos. E diz quem já assistiu a este fenómeno impressionante que o melhor local à face da Terra para deleitar o olhar sobre o mesmo é Masai Mara, a reserva natural. A proposta de ir até lá não é propriamente acessível a qualquer bolsa mas é daquelas de sonho. Como se entrássemos no filme África Minha e nos pudessemos cruzar a qualquer instante com Karen Blixen, a personagem interpretada por Meryl Streep, e o aventureiro Denys (Robert Redford). Gostava? Eu adorava. Mas melhor do que tudo isso seria viver esta experiência única. Masai Mara é uma reaprendizagem da vida e de como ela pode ser simples. É olhar para a História comum, e perceber onde errámos para que o mundo se tenha tornado um lugar déspota e, tantas vezes, sem memória. Aprender com tudo isso e melhorar. Além dos cenários maravilhosos, esta é também uma viagem de "reencontro". E como ele é preciso este ano... 

 

8. ''Burning Man', Black Rock City, Nevada, Estados Unidos

Festival Burning Man
Festival Burning Man Foto: getty images

Para quem sonha entrar num filme 'Mad Max' ou até 'Blade Runner', este é o local a ir. Burning Man é possivelmente, o mais louco festival do mundo. É muito mais do que música: é cultura, é cenário, é moda, é uma grande 'trip' com o deserto do Nevada em pano de fundo. Acontece todos os anos no final de agosto, na Black Rock City, no estado já mensionado, USA, of course. Só que este ano o festival é digital, ou seja, uma grande seca para quem gosta de emoções ao vivo e a cores e, definitivamente, não virtuais. Por isso, se não quer ter uma experiência "faz de conta" e prefere experimentar aquela poeira toda que envolve os concertos e experiências paralelas, então espere por 2022, compre o bilhete com calma - prepare-se para abrir cordões à bolsa - arranje um guarda-roupa a condizer e entre nesta "wild trip". Pelo menos uma vez na vida vale a pena.

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