A data já foi anunciada e a mudança não deixa de ser simbólica, numa altura em que nunca a sucessão pairou tanto no ar como aos dias de hoje. Será no dia 5 de novembro que o príncipe William, Kate Middleton e os três filhos deixam a casa de campo Adelaide Cottage para se instalarem no novo palácio, cujas obras de remodelação estão prestes a ser concluídas para acolher a família que, de acordo com a imprensa britânica, não tinha outra opção que não a de mudar.
Em primeiro lugar, apesar das memórias felizes, Adelaide Cottage estará, para sempre, indissociado a uma das alturas mais dolorosas para todo o clã, quando Kate Middleton enfrentou a sua batalha contra o cancro. E depois, porque na verdade, nunca foi uma propriedade condizente com o estatuto de um herdeiro ao trono. O casal e os filhos mudaram-se para esta casa por altura da pandemia e foi uma forma de conseguirem viver esta fase em recato no meio do campo. Depois, afeiçoaram-se à moradia, acabaram por ficar, mas sabiam que esta não era a sua 'forever home', só ainda não tinham encontrado a tal.
A eleita é Forest Lodge, uma propriedade pertencente à família real, e que continuará a ser a residência oficial de William e Kate mesmo depois de estes subirem ao trono.
Localizado no Windsor Great Park, foi adquirido pela Coroa em 1829 e até 1937 funcionou como residência oficial do Vice-Guarda Florestal. Foi reformado pela última vez em 2001, com as obras a custarem perto de dois milhões de euros, sendo que à época a propriedade foi avaliada em 6 milhões. Hoje, o seu valor de mercado está estimado em mais de 17 milhões.
Ao longo dos últimos meses, Kate Middleton liderou toda a supervisão das obras que decorreram na propriedade e terá recorrido à ajuda de Ben Pentreath, conhecido designer das celebridades, para que tudo esteja conforme aquilo que idealizou.
A nova casa é muito maior do que anterior e representa mudanças significativas na vida da família. Enquanto Adelaide Cottage contava apenas com quatro quartos, aqui haverá o dobro, além de um salão nobre, campo de ténis e amplos jardis ladeados de um bucólico lago, que circundam a mansão georgiana do século XVIII. Desta forma, William e Kate continuam a manter-se próximos do Castelo de Windsor, mas garantem uma maior privacidade e segurança na nova propriedade.
Além desta questão a mudança assume também um caráter simbólico, para uma estrutura em que a hierarquia é levada muito a sério. Perante isso, gerava já alguma apreensão no seio da família real britânica o facto de William, herdeiro ao trono, habitar numa modesta casa de campo enquanto o príncipe André - caído em desgraça devido às suas ligações ao pedófilo Jeffrey Epstein - continue a morar em Royal Lodge, uma mansão palaciana com 30 divisões e com elevado prestígio histórico. Aliás, há a forte convicção de que este é um assunto para o qual William promete mão pesada quando chegar ao trono, estando disposto a cortar praticamente todos os vínculos com o tio, que surge como uma mancha na imagem da coroa.
A mudança deixa ainda claro que Buckingham continuará a ser um palácio fantasma, uma vez que o rei Carlos III não o habita e Kate Middleton e William revelam, com as obras e o novo começo, a intenção de manter a sua vida no campo, afastada dos corredores daqueles que em tempos foi a residência oficial da monarquia britânica.