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Ángel Di María: o novo velho ídolo da Luz que foi "raptado" em televisão e ia de bicicleta para os treinos

Regressa ao Benfica o extremo campeão do Mundo pela Argentina, após um hiato de 13 anos no qual chegou ao estrelato do futebol.
Afonso Coelho
Afonso Coelho
06 de julho de 2023 às 22:49
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María
Ángel Di María
Ángel Di María
Ángel Di María
Ángel Di María
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María, Jorgelina Cardoso
Ángel Di María
Ángel Di María
Ángel Di María
Ángel Di María
Ángel Di María

Ángel Di María é o nome incontornável deste verão no futebol português. O argentino, que ainda em dezembro celebrou a conquista do Campeonato do Mundo, regressou ao Benfica, proveniente dos italianos da Juventus, 13 anos depois de ter deixado a Luz para ser um "galáctico" do Real Madrid.

O extremo de 35 anos saiu como um jovem e retorna de forma triunfante, tendo sido apresentado na Praça Centenarium, junto ao reduto benfiquista, nesta quinta-feira, perante a euforia de milhares de adeptos das ‘águias’, que nele veem um trunfo de luxo para revalidar o título de campeão nacional que os comandados por Roger Schmidt venceram em maio.

Na primeira passagem por terras lusitanas, após uma primeira temporada mais periclitante, revelou toda a sua qualidade a partir da chegada de Jorge Jesus. O percurso, todavia, havia começado anos antes, na sua Argentina natal, a partir de origens bem mais modestas que as luzes brilhantes sob as quais jogou em cidades como Lisboa, Madrid ou Paris e que os milhões que arrecadou durante a sua carreira.

A HISTÓRIA QUE COMEÇOU NUMA BICICLETA

A bola começou desde cedo a fazer parte da vida do rapaz irrequieto nascido em Rosário, a maior cidade da província de Santa Fé. Aos quatro anos, já integrava a formação da principal equipa local, o Rosario Central, numa altura em que as posses não abundavam na sua família. Por isso, nunca escondeu o sentimento de enorme gratidão que tem em relação à sua mãe.

"A minha mãe levava-me de bicicleta [aos treinos] e foi ela que me deu a vida. Tudo o que tenho, tudo o que fiz, o automóvel, o dinheiro, foi tudo por causa do sacrifício, nada me caiu no colo", frisou ao programa ESPN Redes, em 2019, visivelmente emocionado.

"Sofri porque tenho a minha família longe, tenho os meus amigos longe. Estou cá pela minha mulher e pelas minhas filhas e nada mais. Sempre fiz de tudo para continuar a crescer e graças a essa bicicleta e à minha mãe tenho tudo o que tenho", completou o argentino que é casado desde 2011 com Jorgelina Cardoso, com quem tem uma filha de 10 anos, Mia, que nasceu aos seis anos de gestação e teve de enfrentar a morte para vir ao mundo.

Nessa mesma entrevista, fez uma afirmação que pode explicar esta opção de ter preterido um retorno à sua cidade natal em prol de uma segunda passagem por Portugal: "A ideia que tenho é voltar a viver em Rosário, para estar próximo da minha família, mas tudo depende: as coisas hoje na Argentina estão muito complicadas, com a violência e os roubos, e essas coisas fazem-me pensar muito".

"APANHADO" POR BEN NA SIC

Já em Lisboa, protagonizou um episódio curioso, quando foi uma das "vítimas" do programa de apanhados da SIC, ‘’Tás Aqui, Tás apanhado’, em 2010. Num dos ‘clips’ apresentados no formato conduzido por Nuno Graciano e Sofia Cerveira, Di María é interpelado por falsos agentes da polícia, que o algemam, por ter viajado a alta velocidade no seu bólide.

Indignado perante aquilo que considerava tratar-se de uma injustiça, Di María protesta perante a impavidez dos "agentes", numa cena que contou com a participação de Rúben Vieira, ou Ben, o conhecido operador de câmara teleivisivo, que é marido de Rita Ferro Rodrigues.

No final de contas, apercebeu-se que tudo se tratava de uma brincadeira e, de trás das câmaras, saltou David Luiz, seu companheiro de equipa na altura e outro dos "apanhados" deste programa, a quem deu um caloroso abraço, soltando um tímido sorriso.

UMA CARREIRA DE SUCESSO

Passando dez anos à frente, haverá poucos jogadores com um palmarés tão rico como o de Ángel di María. Se na primeira passagem pelo Benfica já havia sido campeão nacional, conseguiu replicar depois o feito com as camisolas de Real Madrid, por uma vez, e Paris Saint-Germain, por cinco ocasiões.

Pelo emblema da capital espanhola venceu ainda a Liga dos Campeões, curiosamente… no Estádio da Luz, numa frenética final disputada frente ao Atlético de Madrid em 2014, apenas conquistada no prolongamento, não obstante o marcador de 4-1.

Este só não foi o zénite de toda esta história de sucesso porque, em 2022, venceu o Mundial do Qatar, naquele que foi o terceiro triunfo argentino da história na mais prestigiada competição internacional, conseguido ao lado de nomes como Lionel Messi e o seu novo capitão, Otamendi. Já um ano antes, havia sido decisivo no triunfo argentino na Copa América, principal torneio de seleções da América do Sul, tendo marcado o golo da vitória no jogo decisivo frente ao Brasil.

Agora, depois de uma época menos feliz e marcada por lesões na Juventus, Di María espera reencontrar os seus dotes mágicos na próxima temporada, neste segundo capítulo da sua história ao serviço do clube da Luz, desejo que será decerto partilhado pelos adeptos afetos ao Benfica.

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