Após dois anos atrozes para a maioria dos artistas, habituados a andar na estrada - onde hoje se fazem, de facto os milhões -, 2022 promete finalmente acabar com a míngua que viveram em 2020 e 2021. Foram anos terríveis, que colocaram muitos a lançar discos em catadupa para que o 'streaming' lhes trouxesse dividendos. A pandemia impediu que concertos, festivais e espetáculos acontecessem um pouco por todo o mundo, tendo a maioria deles (falamos dos artistas) vivido como antigamente: da venda de discos (em plataformas 'streaming', CD, vinil ou até mesmo -calcule-se, cassete).
Kylie Minogue ('Infinite Disco'), Dua Lipa ('Studio 2054'), BTS ('A Night With'), Miley Cyrus ('Miley Presents') e David Guetta ('Night on the Stars') tentaram contornar todos os dramas impostos pela pandemia com concertos virtuais (estes foram os mais vistos, alguns transmitidos até em salas de cinema), mas não era a mesma coisa. Faltavam as multidões de fãs, os gritos, a loucura dos bastidores, a roupa interior a voar para o palco...
2022 parece ter colocado todos os dramas para trás. Já são permitidos ajuntamentos, os testes obrigatórios para espetáculos com mais de 5 mil pessoas estão a desaparecer, ou já foram mesmo extintos, e a música parece ter explodido nos palcos de todo o mundo outra vez. E as máscaras (a ver por alguns espetáculos em especial nos Estados Unidos) são quase uma miragem.
MAIS BURNING MAN
Talvez por isso mesmo, e depois de dois anos trágicos, alguns festivais tenham decidido expandir fronteiras. É o caso do famoso Burning Man. O festival continuará a decorrer no Nevada, entre 25 de agosto e 5 de setembro (o cartaz está ainda por fechar), mas várias esculturas que fazem parte habitualmente do cenário - ou fizeram - foram transportadas, em jeito de celebração, para o Reino Unido para uma exposição intitulada 'Radical Horizons: The Art of Burning Man'. Esta promete levar os visitantes numa experiência imersiva, para o famoso festival que acontece no deserto norte americano de Black Rock... que de resto, depois de dois anos em versão drone, este ano anunciou em janeiro que contará com a presença física de público e espetáculos artísticos à medida... para celebrar dois anos de ausência.
PRIMEIRO TESTE O primeiro teste, em massa, é já esta sexta feira 25 de março. O Ultra Music Festival, em Miami abre portas esgotadíssimo (e não é o único) para dois dias de música de dança, tendas de techno e a apresentação de muitos temas novos feitos pelos DJS mais tocados nas rádios, discotecas (quando abriram) e no 'streaming' nos últimos dois anos. David Guetta, Kygo, DJ Snake, Illenium, Martin Garrix e Timmy Trumpet são apenas alguns dos nomes que vão fazer mais de 50 mil fãs dançar durante dois dias até de manhã.
O primeiro teste, em massa, é já esta sexta feira 25 de março.
O Ultra Music Festival, em Miami abre portas esgotadíssimo (e não é o único) para dois dias de música de dança, tendas de techno e a apresentação de muitos temas novos feitos pelos DJS mais tocados nas rádios, discotecas (quando abriram) e no 'streaming' nos últimos dois anos. David Guetta, Kygo, DJ Snake, Illenium, Martin Garrix e Timmy Trumpet são apenas alguns dos nomes que vão fazer mais de 50 mil fãs dançar durante dois dias até de manhã.
Em Miami, aliás, como em quase toda a Florida, a Covid-19 está, contudo, longe de estar totalmente controlada. Na maioria dos condados teme-se que esta enchente, a primeira deste género, possa vir a trazer problemas no futuro, mas representantes do festival já disseram ter tudo preparado para receber os convivas. Não é o único. Lollapalooza era "apenas" um festival em Chicago mas de há uns anos para cá expandiu fronteiras e hoje, à semelhança do Rock in Rio, tem espaços em Paris ou São Paulo... onde de resto se iniciam as hostilidades também esta sexta feira. Os fãs de Miley Cyrus, The Strokes, Doja Cat, A$AP Rocky, Foo Fighter ou do famosos DJ brasileiro Alok vão ter 3 dias de festão! Em Paris, onde o festival só chega só em julho (16 e 17), também se espera muita animação com David Guetta, Imagine Dragons, Pearl Jam, Megan Thee Stallion ou Anitta. E há ainda Chicago (De 28 a 31 de julho) onde vão poder ver-se espetáculos de Dua Lipa, Metallica, J.Cole, Machine Gun Kelly, Doja Cat, The Kid Laroi ou Kygo entre dezenas e dezenas de artistas.
Não é o único. Lollapalooza era "apenas" um festival em Chicago mas de há uns anos para cá expandiu fronteiras e hoje, à semelhança do Rock in Rio, tem espaços em Paris ou São Paulo... onde de resto se iniciam as hostilidades também esta sexta feira. Os fãs de Miley Cyrus, The Strokes, Doja Cat, A$AP Rocky, Foo Fighter ou do famosos DJ brasileiro Alok vão ter 3 dias de festão! Em Paris, onde o festival só chega só em julho (16 e 17), também se espera muita animação com David Guetta, Imagine Dragons, Pearl Jam, Megan Thee Stallion ou Anitta. E há ainda Chicago (De 28 a 31 de julho) onde vão poder ver-se espetáculos de Dua Lipa, Metallica, J.Cole, Machine Gun Kelly, Doja Cat, The Kid Laroi ou Kygo entre dezenas e dezenas de artistas.
Está cansado? Olhe que isto é apenas o começo... CLÁSSICOS QUE NÃO QUEREMOS PERDER Glastonbury, em Inglaterra - 22 a 26 de junho-, pôs os bilhetes à venda esta sexta feira. O dia em que fechou também o cartaz. Assegura exposições, animação, poesia e um cartaz clássico com Diana Ross e Paul McCartney a fechar dois dos quatro dias de festa. Mas há espaço também para Van Morrison, Billie Eillish ou Kendrick Lemar.
CLÁSSICOS QUE NÃO QUEREMOS PERDER
Glastonbury, em Inglaterra - 22 a 26 de junho-, pôs os bilhetes à venda esta sexta feira. O dia em que fechou também o cartaz. Assegura exposições, animação, poesia e um cartaz clássico com Diana Ross e Paul McCartney a fechar dois dos quatro dias de festa. Mas há espaço também para Van Morrison, Billie Eillish ou Kendrick Lemar.
Passemos a outro clássico. Está esgotado. Chama-se Coachella. Depois de dois anos adiado, o super festival volta a abrir portas todas as influencers, starlets e figuras que querem brilhar nas redes sociais. Promete novidades, mais acessibilidade para deficientes, um espaço LGBT+ (onde não faltarão discussões sobre temas em voga) e uma aplicação para estar ao corrente do que vai acontecendo. Já que falamos de música... eis o que pode espreitar se for até à California: Harry Styles, Billie Eillish, Disclosure, Megan Thee Stalion, Swedish House Mafia, Conan Gray, Doja Cat ou Maneskin (sim, os italianos que venceram no ano passado a Eurovisão) entre tantos e tantos outros entre 15 e 24 de Abril. Mas se não puder ir tão longe mas quiser ver música lá fora... é só dar um saltinho a Barcelona. Não que em Portugal faltem festivais, mas se for viajar até Espanha, o Primavera Sound já tem tudo alinhavado... e quase esgotado para o certame que decorre de 5 a 8 de junho. No cartaz conte com Beck, Charli XCX, Interpol, Megan Thee Stallion, Jamie XX, Disclosure e Jorja Smith.
Mas se não puder ir tão longe mas quiser ver música lá fora... é só dar um saltinho a Barcelona. Não que em Portugal faltem festivais, mas se for viajar até Espanha, o Primavera Sound já tem tudo alinhavado... e quase esgotado para o certame que decorre de 5 a 8 de junho. No cartaz conte com Beck, Charli XCX, Interpol, Megan Thee Stallion, Jamie XX, Disclosure e Jorja Smith.
E isto é apenas o início. Se quiser estar mesmo atento e até for viajar pelo mundo fora para apreciar música, nada como visitar a página do Music Festival Wizard onde pode ainda ver os cartazes de mais de 100 festivais (não não estamos a exagerar) pela Europa, Austrália e América. Rock in the Park, Melt!, Creamfields, Isle of Wright, T in the Park, Ozzfest (este ano a viajar pelo mundo fora), Stagecoach (para amantes do Country), Essence (para quem gosta de R&B e Hip Hop) ou Bannoroo... estão todos lá. Mesmo todos. Até alguns que não sabíamos que existiam.
NÓS POR CÁ Comecemos pelo início. Embora o Ministério da Saúde não tenha ainda feito saber que regras serão impostas nos festivais de verão, tudo aponta que Portugal, à semelhança de todos os restantes países europeus vá seguir a onda e deixe os portugueses aproveitar o que não puderam durante dois anos. Falta saber se haverá imposição de máscaras, ou algum outro tipo de testagem, mas com abril a chegar as regras não tardarão a aparecer. A lotação para já é sem restrições. Não vamos falar de todos. Não dá. Até porque Portugal tornou-se uma Meca para o género. Calor, boas praias, boa comida e gente que sabe receber são de resto a fórmula para abrir as portas para este género de "ajuntamentos" quer sejam para poesia, música Rock, hip hop, independente ou simplesmente humor.
Comecemos pelo início.
Embora o Ministério da Saúde não tenha ainda feito saber que regras serão impostas nos festivais de verão, tudo aponta que Portugal, à semelhança de todos os restantes países europeus vá seguir a onda e deixe os portugueses aproveitar o que não puderam durante dois anos. Falta saber se haverá imposição de máscaras, ou algum outro tipo de testagem, mas com abril a chegar as regras não tardarão a aparecer. A lotação para já é sem restrições.
Não vamos falar de todos. Não dá. Até porque Portugal tornou-se uma Meca para o género. Calor, boas praias, boa comida e gente que sabe receber são de resto a fórmula para abrir as portas para este género de "ajuntamentos" quer sejam para poesia, música Rock, hip hop, independente ou simplesmente humor.
Comecemos então pelo NOS Primavera Sound. De 9 a 11 de junho, a decorrer como habitualmente no Parque da Cidade do Porto, este ano abre portas à música independente: Beck, Gorillaz, Interpol e Nick Cave são os principais atrativos. Tudo entre 60 e 140 euros. Segue-se o Rock in Rio. Com o recinto já apresentado por Roberta Medina, que há dois anos vê o mega espetáculo que pode reunir num dia 80 mil pessoas, impedido de acontecer, quer em 2022 voltar a chamar os portugueses ao Parque da Bela Vista nos dias 18 e 19 de junho, e depois a 25 e 26 do mesmo mês. Para isso basta despender entre 74 e 121 euros e pode ver Foo Fighters, The National, Xutos e Pontapés, Black Eyed Peas, Ellie Gounding, David Carreira, Duran Duran, A-Ha, Post Malone, Anitta ou Jason Derulo entre tantos outros.
Segue-se o Rock in Rio. Com o recinto já apresentado por Roberta Medina, que há dois anos vê o mega espetáculo que pode reunir num dia 80 mil pessoas, impedido de acontecer, quer em 2022 voltar a chamar os portugueses ao Parque da Bela Vista nos dias 18 e 19 de junho, e depois a 25 e 26 do mesmo mês. Para isso basta despender entre 74 e 121 euros e pode ver Foo Fighters, The National, Xutos e Pontapés, Black Eyed Peas, Ellie Gounding, David Carreira, Duran Duran, A-Ha, Post Malone, Anitta ou Jason Derulo entre tantos outros.
Há ainda o NOS Alive. Um dos festivais mais falados fora das nossas fronteiras perdeu nos dois últimos anos algumas aventuras com Taylor Swift, Post Malone, ou Kendrick Lemar. Mas 2022 promete mais... muito mais.O Passeio Marítimo de Algés de 6 a 9 de julho vai ter em palco, Metallica, Imagine Dragons, Stormzy, Da Weasel (naquele que é o reencontro da banda), Florence + the Machine, The Strokes, War on Drugs, HAIM e outros nomes ainda por confirmar. Para marcar presença vai ter de gastar entre 69 e 189 euros.
O Alentejo também estará ao rubro já que o Sudoeste estará de portas abertas depois de dois anos sem ver o público. Com passes entre os 100 e os 225 euros (com campismo, ora pois), o festival mais dançante em Portugal quer por os jovens, o seu grande alvo, novamente ao rubro. Ainda com o cartaz com algumas (muitas) abertas já se sabe que vai haver música de Timmy Trumpet, Major Lazer, Lewis Capaldi, Calema e Bispo. Isto entre 2 e 6 de agosto. Mas o verão está longe de terminar por aí. Há ainda Paredes de Coura, na Praia do Taborão de 16 a 20 de agosto (num custo de 120 euros) com Princess Nokia, Pixies, Idles, Sam the Kid, Samuel Uria ou The Blaze. E para terminar Vilar de Mouros, entre 25 e 27 de agosto com Placebo, Limp Bizkit, Iggy Pop, Suede, Hoobastank, Gary Numan ou Tara Perdida. Tudo entre 43 e 85 euros.
Mas o verão está longe de terminar por aí. Há ainda Paredes de Coura, na Praia do Taborão de 16 a 20 de agosto (num custo de 120 euros) com Princess Nokia, Pixies, Idles, Sam the Kid, Samuel Uria ou The Blaze. E para terminar Vilar de Mouros, entre 25 e 27 de agosto com Placebo, Limp Bizkit, Iggy Pop, Suede, Hoobastank, Gary Numan ou Tara Perdida. Tudo entre 43 e 85 euros.
Se acha que é muito... é verdade. É que depois de dois anos este ano voltaram a explodir festivais, concertos e ajuntamentos que todos nós sentíamos falta. E há espetáculos para todos os gostos e carteiras.
É que depois de dois anos este ano voltaram a explodir festivais, concertos e ajuntamentos que todos nós sentíamos falta. E há espetáculos para todos os gostos e carteiras.
