
Desde que ganhou as eleições em 2017 e se tornou presidente de França que Emmanuel Macron não deixa de ver a sua vida privada exposta na praça pública. A diferença de idades entre si e a mulher, Brigitte, que é 24 anos mais velha do que ele, tem sido alvo de muitas piadas de mau gosto. Tantas que o próprio presidente já mostrou publicamente o seu desagrado e até avisou avançar para tribunal com os rumores e as "graças" mais ofensivas e difamatórias. Mas a verdade é que a história de amor entre o ainda presidente francês e a mulher tem merecido muita atenção mediática.
O casal conheceu-se em 1992, quando Macron tinha apenas 15 anos... e Brigitte 39. A potencial futura primeira-dama francesa era professora do político na sua escola secundária, em Amiens, no norte de França. Macron apaixonou-se pela professora de francês e latim "quase à primeira vista", como viria a contar mais tarde. Os dois começaram a encontrar-se fora da escola para trabalharem em peças de teatro e, alegadamente, o romance só começou depois de Macron ter completado 18 anos..., mas, o que é certo é que Brigitte confessou à revista 'Paris Match' que Macron tinha apenas 17 quando lhe disse: "O que quer que faças, vou casar contigo!".
Apercebendo-se da cumplicidade crescente entre professora e aluno – que têm 24 anos de diferença – os pais do agora candidato presidencial tentaram separá-los, mandando Macron para Paris para terminar o ensino secundário. Porém, a distância física poderá ter tido o efeito contrário. "Estávamos sempre a telefonar um ao outro, passávamos horas e horas ao telefone", revelou Macron. Apesar do aparente fascínio mútuo, Brigitte, que era casada, já contou que não foi fácil conquistá-la. "Aos poucos, ele foi ultrapassando toda a minha resistência de uma forma incrível, com paciência", disse a antiga professora.
RUMORES DE HOMOSSEXUALIDADE
Brigitte acabou por fazer o que o seu coração ditava. Abandonou o marido e juntou-se ao aluno, em Paris. Contra tudo e contra todos, Macron viria a casar com Brigitte – que tem 3 filhos do primeiro casamento e 7 netos – em 2007, quando ele tinha 29 anos e ela 54. Emmanuel e Brigitte Macron são a imagem do casal perfeito. Mas, em França, as más-línguas também garantem que o político, pianista e ator amador é, na realidade, homossexual, e que tudo não passa de um casamento de fachada. No decorrer da campanha eleitoral – a que lhe acabou por dar a primeira vitória nas presidenciais – o jovem político foi confrontado com rumores de que teria uma relação gay com Mathieu Gallet, presidente da Radio France. Macron apressou-se a desmentir: "Não pensem que mudarei a minha vida por causa desses rumores. Não tenho uma vida dupla e o que mais prezo é a minha vida familiar e conjugal", garantiu na época. Brigitte Macron, por seu turno, disse estar a par dos rumores e que eles não a afetavam. Contudo, um amigo próximo da primeira-dama francesa, Philippe Besson, veio a público dizer que o que se diz do presidente "é muito duro" para Brigitte. "Se um homem está com uma mulher mais velha ou é porque é gigolo ou homossexual. São ataques e visões que arrasam com 40 anos de femininismo".
Já nesta campanha não deixa de ser curioso que o incidente que mais tinta fez feito correr foi uma fotografia do presidente em pose informal e de peito peludo à vista de todos. O jornal britânico ‘Telegraph’ legenda as fotografias captadas por Soazig de La Moissonnière, a fotógrafa oficial do Presidente da República francês, como The ar chest" (o peito da guerra) e "he-vage, the male cleavage" (um trocadilho, já que "cleavage" significa "decote" e "he" significa "ele" ou "masculino"). Há quem diga que estas imagens foram partilhadas com o intuito de Macron conquistar novos votantes.
Esta campanha ficou ainda marcada por um outro acontecimento que originou grande sururu em França. Brigitte Macron evitou um beijo do marido e o gesto insólito provocou fortes rumores de crise entre o casal presidencial. Ao lado da mulher, Emmanuel Macron quis beijá-la na boca, mas Brigitte evitou o ímpeto do marido, desviando o rosto. Deu-lhe apenas a face e ele não se desmanchou: beijou-a ao de leve na cara. Um momento caricato que passou despercebido a ninguém e que está a ser muito comentado nas redes sociais.
A VIDA AO LADO DE UMA MULHER
Marine Le Pen é a grande adversária de Emmanuel Macron nestas eleições. Por isso, a candidata da extrema direita não deixa de ver a sua vida privada esmiuçada pela imprensa. Mãe de três filhos do primeiro casamento de apenas três anos (1997 a 2000) com Franck Chauffroy, Marine voltaria a casar dois anos mais tarde, desta vez com Eric Lorio. Mas em 2006, ou seja, quatro anos depois, também este casamento acabou por fracassar. Eric Lorio também pertenceu à Frente Nacional. Chegou a ser secretário nacional daquele partido da extrema direita e conselheiro regional de Nord-Pas-de-Calais. Foi ainda chefe de gabinete de Carl Lang. Mas pouco mais se sabe deste homem que acabou por mergulhar no anonimato após o fim do casamento com Le Pen.
Depois do divórcio, Marine voltou a apaixonar-se. Desta vez por Louis Aliot. Uma relação que terminou em 2019. Desde então não lhe foi conhecida mais nenhuma relação sentimental. Mas o celibato parece não incomodá-la, como confidenciou à revista 'Closer' no início deste mês. À pergunta se gostaria de voltar a apaixonar-se, Marine Le Pen não hesita na resposta: "Ah, não! (...) Não sinto falta. Estou feliz por estar sozinha". A candidata às presidenciais francesas vive atualmente com sua melhor amiga Ingrid. Sobre isso diz apenas: "É muito mais fácil". Mas quem é esta amiga? É a própria candidata que revela pormenores sobre esta amizade e forma de vida. Marine Le Pen recebeu em sua casa a anfitriã do programa ‘Uma Ambição Íntima’ e contou que desde que ficou solteira, após o fim da sua relação com Louis Aliot, decidiu passar a dividir a sua casa com uma amiga de infância, Ingrid.
"Conhecemo-nos quando tínhamos... ano e meio, dois anos", confidenciou a amiga da candidata às presidenciais. "Marine Le Pen é uma irmã para mim", esclareceu ainda. Os duas amigas nunca se separaram e sabem tudo uma da outra. "Sempre fomos muito próximas. Depois de várias aventuras na minha vida, Marine convidou-me a vir morar com ela. Aceitei! Formamos uma boa equipa que partilha uma casa", acrescentou ainda. Há ainda um pormenor que ambas fazem questão de realçar: "Não há lugar para homens nesta casa, onde até os gatos são fêmeas", brinca Le Pen. "É bom viver com uma amiga", assegura após partilhar a casa há já cinco anos de vida com Ingrid. "O bom de viver com uma amiga em vez de um namorado é que pelo menos não discutimos."
INFÂNCIA E TRAUMAS
Mas a infância da candidata de extrema direita francesa, que defende reinstauração da pena de morte e quer fechar as fronteiras de França, também tem sido exposta na imprensa e nas redes sociais. Marine nunca foi uma criança normal. A própria o reconhece. Tinha somente 8 anos de idade quando sobreviveu a um ataque bombista que tinha como alvo o pai, Jean-Marie Le Pen, também ele de extrema direita. Os atacantes preparam a detonação de 20 quilos de explosivos à porta do prédio onde a família residia, no 15º bairro, em Paris. Os Le Pen não morreram mas o ataque provocou a destruição de 12 apartamentos. Marine Le Pen confidencia que desde a noite de 2 de novembro de 1976 nunca mais foi a mesma. "A partir do momento que acordei com o rebentamento nunca mais fui uma criança como as outras".
Marine é a mais nova das três filhas do antigo líder da Frente Nacional, partido agora dirigido pela candidata à presidência francesa. Não seria a mais natural sucessora do pai, mas acabou por ser a maior herdeira da sua ferocidade nacionalista. Defende a pena de morte, a criminalização do aborto, o encerramento das fronteiras e a saída da França da União Europeia, entre outros dogmas próprios do partido. Marine Le Pen ficou ainda mais traumatizada após o divórcio dos pais, que aconteceu quando era uma adolescente de 16 anos de idade e frequentava o liceu. A mãe, Pierrette Lalanne, decidiu aceitar um ensaio fotográfio em nu integral para a revista 'Playboy'. O intuito: escandalizar o ex-marido.A miúda ficou de tal modo chocada que nunca se pronunciou sobre o assunto. Na altura, o assunto não passou indiferente e muitos dos colegas de escola chegaram a incomodá-la. Traumas que não esquece nem esconde!