
Depois de ter passado por meses desafiantes, em que se tornou na principal cuidadora do marido, Pinto da Costa, disponível dia e noite para acudir aos pedidos do companheiro e ajudá-lo nos momentos de dor, Cláudia Campo está agora a fazer o luto, ao mesmo tempo que se restabelece para iniciar uma nova vida, sem o homem com quem partilhou os últimos sete anos ao lado. Segundo a 'The Mag' conseguiu apurar, a bancária ainda não voltou ao trabalho e não terá previsões para o fazer, pelo menos enquanto não resolver todas as questões burocráticas relacionadas com a morte do antigo presidente azul-e-branco. E há várias em cima da mesa. A primeira prende-se com a pensão vitalícia a que Cláudia terá direito, e segundo aquilo que já foi noticiado, poderá rondar os cinco mil euros mensais, a segunda com o testamento e aquilo que acredita serem os seus direitos após a morte do marido.
Sobre este assunto, uma fonte conta-nos que Cláudia irá manter a mesma postura que teve durante o casamento com Pinto da Costa: não quer guerras com ninguém, mas está muito bem informada em relação àquilo a que tem direito e não vai abdicar disso. "A Cláudia é uma senhora, portanto não vai entrar em guerras, nem jogos pela herança. Não é isso que está em questão. Mas sabe quais são os direitos dela e isso é um ponto do qual não vai abdicar", explica a fonte, garantindo, no entanto, que se isso até poderia ser uma questão rotineira e fácil de se resolver, no seio da família de Pinto da Costa pode gerar muita polémica.
"Aqui, a questão é que há três partes que vão ter de se entender nas partilhas, e a Cláudia é a mais pacífica. Mais complexo vai ser envolver aqui os irmãos (Joana e Alexandre)."
De acordo com a mesma fonte, nas cerimónias fúnebres, Joana Pinto da Costa e Alexandre - fruto de diferentes casamentos de Pinto da Costa - já revelavam alguma crispação e a tendência é para este cenário se agravar. "Eles nunca se entenderam e houve aquela questão de o Alexandre não ter estado presente na vida do pai quando ele mais precisava (os dois estavam zangados e só fizeram as pazes nos últimos meses). No fundo, a Joana, que esteve sempre lá, nunca se reviu nessa postura", explica a fonte, reforçando que o pai já tinha previsto esta guerra pela sua fortuna, deixando o conselho aos filhos para que se entendessem.
A DÚVIDA SOBRE O VALOR DA HERANÇA
Outra grande questão é a de quanto mede a fortuna deixada por Pinto da Costa, e este é na verdade um tema sobre a qual não se chega a grande consenso, até porque nunca terá havido propriamente grande transparência em relação a este assunto. Conhecido é o valor dos rendimentos declarados durante os mais de 40 anos em que o antigo presidente esteve à frente dos dragões, e que nos últimos anos rondariam o 1 milhão de euros anuais, mas depois há tudo o que possam ser quantias não declaradas, muitas delas debaixo de investigação, e que se prendem, por exemplo, com a transferência de jogadores.
Apesar de o próprio o ter negado em vida, fala-se, para além do testamento oficial, de uma espécie de tesouro escondido das autoridades, que poderá estar agora à disposição dos filhos. Haverá ainda património imobiliário, de investimentos que Pinto da Costa fez, sendo que para já, Cláudia continua a viver na mansão que partilhava com o marido na zona das Antas, sendo que estava previamente estipulado é que esta casa ficaria para ela.
As partilhas podem ser, no entanto, um processo complexo que se arraste por muito tempo, com guerras, intrigas e egos a poderem prejudicar a rápida resolução do assunto.