Lisboa é, cada vez mais, uma cidade cosmopolita, de olhos postos naquilo que os cidadãos procuram, sem nunca esquecer que uma grande capital não deve nunca descurar os seus principais centros culturais. E são vários os museus que se têm modernizado para irem de encontro daquilo que se procura à luz dos nossos dias.
Entre as remodelações mais recentes está a Gulbenkian, um oásis no coração de Lisboa, que surge agora completamente renovado, mais bonito, com os seus espaços ainda mais acolhedores, sem esquecer a mancha verde que representa, lado a lado com algumas das artérias mais movimentadas da capital.
Se uma das suas resoluções de Ano Novo foi também dedicar um pouco mais de atenção à Cultura, estes espaços esperam por uma visita.
Museu de Lisboa
Estava há cerca de uma década fechado para obras, mas no último verão o primeiro piso do Museu de Lisboa, no Palácio Pimenta, reabriu para recordar a quem visita a cidade (ou até mesmo aqueles que nela habitam) a importância de conhecer a história da mesma. Uma exposição permanente percorre a história de Lisboa, desde o século XVII até ao XX, sem esquecer aquele que foi o maior desastre de sempre na capital, o terramoto de 1755. Ao todo, há 300 peças para ver, divididas por 11 salas totalmente renovadas.
Museu do Design e da Moda
A ocupar vários quarteirões na Baixa, mas com a entrada principal a fazer pela Rua Augusta está o Museu da Moda e do Design. As obras de remodelação era suposto terem demorado apenas dois anos, mas esticaram-se para os oito daí que a expectativa tenha sido grande em torno da reabertura, que mostrou todo um edifício de cara lavada, mas também um interior completamente renovado, naquilo que resulta em 3600 metros quadrados de área de exposição. "O edifício do MUDE volta, a ser o polo cultural dedicado a todas as expressões do design, no centro histórico de Lisboa, com áreas de exposição, criação, educação, estudo, debate e lazer, encontro, conversa e partilha", destacou a Câmara de Lisboa sobre a reabertura do Mude.
Centro de Arte Moderna Gulbenkian
Uma das grandes expectativas dos últimos tempos na cidade de Lisboa prendia-se com a reabertura do Centro de Arte Moderna, na Fundação Calouste Gulbenkian, que aconteceu no final de setembro. O resultado é uma espécie de braço dado entre cultura, tradição e modernidade. A nova entrada faz-se pela Avenida Marquês da Fronteira, num espaço aberto e amplo, que contrasta com o imponente muro que até então ocupava esta fachada da Gulbenkian. Agora, há um convite à entrada, num espaço que sugere ser como que a continuação da rua, numa fusão perfeita.
O projeto paisagístico foi levado a cabo por Vladimir Djurovic e traz-nos 8 mil metros quadrados de espaços verdes, com muitas áreas para contemplar a natureza, desfrutar da leitura de um livro ou conviver neste refúgio a céu aberto no centro de Lisboa.
Já no novo Centro de Arte Moderna o destaque vai para a pala de Kengo Kuma, que recria o edifício original de uma forma muito fresca. No edifício, as paredes foram substituídas por enormes vidros de alto a baixo para que o jardim possa ser contemplado na sua plenitude.
Museu de Arte Contemporânea CCB
Conhecido durante 15 anos como Museu Berardo, o renovado espaço de Cultura do CCB reabriu há cerca de um ano com nova roupagem e muitas surpresas. O espaço foi remodelado para albergar as diferentes coleções de arte contemporânea, e tem novos atrativos como a pintura de Paula Rego 'O Impostor', que foi a primeira obra de arte comprada do Estado para o Museu. Trata-se de um retrato de Salazar, mas de uma forma satírica, e que a partir de agora estará disponível para todos aqueles que a quiserem contemplar.
