
O lusocanadiano Shawn Mendes, que já encheu o Altice Arena e que fez a música oficial de apoio à Seleção Nacional no Mundial 2018, falou abertamente da sua vida sexual, assumindo que tem sentido nos últimos anos a pressão de aparecer publicamente ao lado de uma mulher por causa dos rumores constantes de que é homossexual.
É numa entrevista intimista à Rolling Stone, que faz a capa da prestigiada revista, que o cantor e músico de ascendência portuguesa revela o stress que viveu nestes anos em que se tornou uma estrela mundial depois de ter começado a partilhar nas redes sociais vídeos com as suas músicas.
"Eu gostava de dizer que não me interessa, mas não é verdade. Esta massiva, massiva coisa nestes últimos 5 anos sobre eu ser gay", começa por dizer Mendes, assegurando que não é homossexual: " No fundo do meu coração, eu sinto que preciso de ser visto com alguém, uma rapariga, em público, para provar às pessoas que não sou gay".
"Apesar de eu saber no meu coração que isso não é uma coisa má, existe uma parte de mim que pensa isso. E eu odeio essa parte de mim", acrescenta, assumindo que cresceu rodeado de 15 primas que gritavam para que ele pintasse as unhas e que chegou a colocar brilhantes nas pálpebras para fazer os pais rir. "Talvez seja um pouco feminino, mas é como é. É por isso que eu sou eu", diz.
"Reparei que muita gente dizia que eu transmitia uma 'vibração gay'... Para começar, eu não sou gay. Em segundo, não deveria fazer diferença se era ou não era", rebate o músico, que terá vivido uma relação fugaz com Hailey Baldwin, a atual mulher de Justin Bieber.