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Drama

A história de horror e tragédia de António Cordeiro, abandonado por todos

Foi-lhe diagnosticada uma paralisia supranuclear progressiva, que lhe atrofia os movimentos e lhe causa dificuldades na fala. Sem fé em Deus, mantém a esperança e implora por trabalho, com as poupanças a chegarem ao fim. Leia este impressionante testemunho.
22 de setembro de 2018 às 15:51
ANTÓNIO CORDEIRO
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ANTÓNIO CORDEIRO
ANTÓNIO CORDEIRO
ANTÓNIO CORDEIRO
ANTÓNIO CORDEIRO

A chegar aos 60 anos, António Cordeiro passa por um dos momentos mais difíceis da sua vida. Foi-lhe diagnosticada uma patologia degenerativa, uma paralisia supranuclear progressiva (PSP) que provoca rigidez nos músculos, dificuldades na fala e demência, entre outras consequências. 

Inconformado com o seu estado de saúde, o ator contou a Daniel Oliveira, em 'Alta Definição', como tem vivido em angústia neste último ano. "Foi muito difícil lida com isto", afirma, relembrando as únicas pessoas com quem partilhou esta dor assim que descobriu: "Partilhei com a minha mulher que tem feito de tudo para que me sinta uma pessoa normal. Os meus pais também sabem e têm penado um bocadinho", afirma, já com dificuldades em falar. 

"A doença não tem tratamento", explica, adiantando que todos os dias se tornaram um verdadeiro desafio: "De repente tenho noção que vou deixar de fazer coisas que gosto, como representar, por exemplo. Andar, comer, fazer tudo... Tive que reaprender tudo outra vez."

antonio cordeiro, daniel oliveira
antonio cordeiro, daniel oliveira

Não tem pudores em dizer que agora "não tem nada a perder" e que tem "muita esperança" mas não deposita créditos "na fé". "Não tenho fé. Não acredito em Deus. E se, por acaso, Deus existe, está preocupado com outras coisas."

A doença ensinou-o a ter outra percepção da vida e faz um trocadilho com o que lhe tem acontecido nos últimos tempos e com as quedas constantes. "Caio e levanto-me. Se fico magoado? Sim, mas feliz!"

No entanto, não esconde que pensa várias vezes na morte: "Agora penso mais. Quero-me ir embora depois dos meus pais para não lhe dar essa dor. Mas não acredito que haja alguma coisa depois da morte."

ESQUECIDO PELAS TELEVISÕES

Outra das coisas más que a doença lhe trouxe foi a falta de trabalho. "Não tenho nenhuma televisão que queira trabalhar comigo. Acham que eu já não consigo mas consigo. O meu maior problema é sentir cansaço quando falo muito."

Para além do amor que tem pela representação, o ator frisa a falta de dinheiro e as necessidades financeiras que pode atravessar caso não trabalhe: "No máximo, as minhas poupanças duram mais um ano e tal. Ninguém vive de poupanças. Não me quero reformar!"

Mesmo a trabalhar, António desvenda que sempre se teve que limitar de alguns caprichos: "Limito-me de ter férias, por exemploi. Há muitos anos que a minha mulher precisa de ter férias e não tem por causa de mim."

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