
Cristina Ferreira trocou a TVI pela SIC há cerca de dois anos. Estreou-se na estação a 7 de janeiro de 2019, onde passou a ser o rosto das manhãs da estação de Francisco Pinto Balsemão. Durante este período, o canal de Paço de Arcos recuperou a liderança da tabela de audiências. Mas Cristina Ferreira nunca se sentiu verdadeiramente em casa. "Eu gostei muito de ganhar [as audiências na SIC] Eu nunca me senti feliz por a TVI perder. São coisas diferentes", disse no regresso ao ecrã da TVI, durante a entrevista no 'Jornal das 8', domingo, 13. Em Paço de Arcos sentiu-se uma "emigrante".
A apresentadora voltou para a TVI como diretora de Entretenimento e Ficção, vai ainda ter um programa em nome próprio e é uma das accionistas da estação por cerca de 1,4 milhões de euros. O objetivo é ajudar a renovar a estação. Saiu de Queluz de Baixo à "procura de melhores condições". Confessa agora que sempre teve a certeza que iria voltar um dia. Talvez não pensasse que esse dia chegaria tão cedo.
Mas este regresso, por muito desejado que seja, traz espinhos. E o mais aguçado de todos eles é a quebra de contrato com a SIC. Apesar de se dizer "completamente tranquila", estão 20 milhões de euros em cima da mesa, exigidos pela estação de Paço de Arcos. Cristina Ferreira admitiu durante a entrevista que os responsáveis pela Impresa foram apanhados de surpresa, com a sua saída abrupta para a TVI e confirma também que no contrato que assinou com a SIC "há lugar a indemnização" e que tem de pagar, no entanto recusa o valor avançado pela empresa de Balsemão.
Segundo Cristina Ferreira, 20 milhões são "um número que não tem qualquer fundamento" e a apresentadora está disposta em avançar para o tribunal. "Não há qualquer alternativa. Estava lá, está escrito. Eu pago. O resto trataremos em tribunal se for esse o caso."