
Em 2015, Joana Amaral Dias deu uma "pedrada no charco" ao posar nua, grávida, abraçada ao companheiro, Pedro Pinto, para a capa da revista Cristina. "O risco de Joana Amaral Dias", era a frase que acompanhava a fotografia da psicóloga clínica, professora universitária, ativista, política e antiga deputada.
Na época, Joana Amaral Dias era cabeça de lista da coligação PTP/Agir em Lisboa. De imediato muitas vozes se levantaram, umas a insurgirem-se contra, outras a gritarem elogios. Joana é assim, uma mulher que não "admite" indiferenças.
Em Portugal, foi ela a primeira política a fazê-lo, a mostrar-se nua, grávida. Momento de sensualidade e amor, mas também de uma enorme ternura.
Para responder aos críticos, voltou a despir-se, desta vez para a revista 'Vidas', do 'Correio da Manhã'. Nua anunciou escrito na barriga de grávida: "É menina. Oxalá seja mulher com liberdade."
A psicóloga veio defender o direito da mulher em usar o corpo com liberdade. ""Para defender a IVG as mulheres podem mostrar o peito, as barrigas, usar o seu corpo como instrumento político, sim, porque o corpo é um instrumento politico, foi assim desde Malcolm X até às sufragistas. Mas para defender a gravidez não podem? Isso não posso aceitar."
Joana Amaral Dias, 43 anos de idade, e Pedro Pinto são pais de Luz, que nasceu em fevereiro de 2016. A autora é ainda mãe de Vicente, de uma relação anterior.
A antiga deputada bloquista é uma mulher bela, sensaul, e sabe-o. À beleza associa a inteligência e as preocupações cívicas, é ativista por convicção. Durante mais de uma década militou no Bloco de Esquerda. Saiu para fundar, primeiro, o Juntos Podemos e, mais tarde o Agir.
Joana Amaral Dias também escreve e há cerca de 10 anos começou a escrever crónicas de cinema. Do gosto pelo cinema e pela escrita surgiu o livro 'Sonhos Proibidos'. "Gradualmente fui apurando o meu olhar, cruzando a psicologia e a política, para ler os filmes e para nos ler a nós nestes tempos tão especiais", descreve.
Recentemente, Joana Amaral Dias esteve em Miami e voltou a mostrar que é uma mulher sexy. É nesta visão de liberdade que Joana Amaral Dias surge sem preconceitos ou falsos pudores, a assumir o corpo e o rosto que tem, com consciência do efeito que faz e afrontando as mentes mais fechadas que acham que a política e a beleza não se misturam. Nós achamos que sim.