
"A nenhum homem, quando muda, são atribuídas as palavras 'ganância', 'traidor' ou 'sedento de poder'. Num homem é crescimento. Talvez por isso me tenham dito, nos últimos tempos, que tenho uns grandes tomates. Deixem-me dizer-vos que não. Tenho mamas e uma vagina". É assim que Cristina Ferreira responde às críticas por ter deixado a SIC para ser diretora de entretenimento e ficção da TVI, um ano e meio depois de ter mudado para um projeto novo.
Os seus planos deixaram de "ser um programa para passar a ser uma estação inteira". "É ambição? É. Vou ganhar mais dinheiro? Vou. Tenho mais poder? Tenho. E sabem que mais? Sou mulher", justifica.
Questionada por Manuel Luís Goucha sobre o sabor do poder, Cristina garante que o que quer é o poder de decisão. "Sabes muito bem que o poder que ambiciono não é o de mandar em tudo. É o de poder fazer", responde ao amigo. "Esse faz toda a diferença na minha história. O que mais quero é liberdade de poder fazer. Essa liberdade tem de vir de mãos dadas com o poder. Por isso mesmo é que alcançá-lo significa que, agora, posso imprimir numa estação inteira tudo aquilo que sempre imaginei e estava nas mãos de outras pessoas".
A nova chefe da TVI saiu da SIC com efeitos imediatos em julho, sem sequer se despedir da equipa do seu programa. Em setembro deve anunciar os seus planos para o próximo ano do canal. Entretanto já divulgou o regresso de Teresa Guilherme, para substituir Cláudio Ramos no 'Big Brother'.