
Já muito se escreveu sobre o discurso em inglês de Cristina Ferreira na Web Summit. Mais do que a língua que a traiu várias vezes, é o conteúdo da mensagem que mais tem sido escrutinada nas muitas críticas que se podem ler nas redes sociais, um dos meios de comunicação privilegiados pela apresentadora e diretora de Entretenimento e Ficção da TVI.
A humorista Joana Marques usou o humor para dissecar a o discurso de Cristina no maior palco de tecnologia que acontece em Lisboa. A também radialista divertiu-se igualmente com a parte do discurso sobre o tema "dinheiro". "A Cristina sabe que o dinheiro não é importante", salienta a humorista e recorda o que a apresentadora do Big Brother disse sobre o assunto: "O dinheiro não interessa, mas vocês podem estar a pensar que digo isso por sou uma mulher rica, e tenho um salário espectacular".
Joana Marques para tudo e vaticina: "A Cristina vai acabar num mosteiro. Em vez de passar a mensagem de que qualquer um pode vencer, não vale a pena porque ser rico é uma chatice que não se deseja a ninguém", critica a humorista.
Estas palavras da estrela da TVI surgem num momento em que assume um discurso derrotista e em que a sua situação profissional na TVI não é das melhores, fator que ficou bem patente quando, na sua palestra motivacional perante 3 mil pessoas em Gondomar, uma iniciativa a que chamou 'Cristina Talks', chorou e afirmou que esteve para se demitir da TVI, e onde terá faturado cerca de 60 mil euros.
Mas Cristina Ferreira tem uma relação com o dinheiro muito especial, com um salário milionário na estação de Queluz de Baixo, mesmo sem ter recebido qualquer ordenado como administradora executiva do grupo em 2021.
Recorde-se que, aquando da mudança de Cristina da SIC para a TVI, em julho de 2020, e de acordo com o 'CM', a Media Capital avançou com uma proposta na ordem dos 2,6 milhões de euros por ano em termos de salário para a contratar, valor acima dos cerca de 1 milhão de euros por ano que a apresentadora auferia na SIC, com a qual se mantém em litigio por ter rescindido unilateralmente o contrato. Além disso, tornou-se acionista da Media Capital e diretora de Entretenimento e Ficção da TVI. É administradora não executiva desde novembro de 2020.