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Surpresa

As declarações chocantes do irmão de André Villas-Boas: "A primeira vez que estive com um homem lavei-me com lixívia"

O ator João Villas-Boas, irmão mais novo do presidente do FC Porto, recorda o longo período de dor e "vergonha" que sentia por não conseguir aceitar-se.
24 de maio de 2024 às 20:31
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O irmão de André Villas-Boas, o ator João Villas-Boas, recordou o período difícil em que não conseguia viver a verdade sobre a sua sexualidade e chegou a pensar que era "um pecado" gostar de homens. 

Em entrevista à 'Magg', João comentou que só assumiu para a família que era homossexual há 20 anos, quando tinha 22 anos. "Há um grande tempo da minha vida em que, como homossexual, dizia 'eu não quero ser isto, porque isto não vai dar bom resultado para ninguém'", comentou.

A família aceitou bem receber João e os namorados em casa, no entanto, o ator admitiu: "Nunca é um processo linear, porque os medos que eu tinha e carregava são medos que os meus pais ou irmãos, a uma dada altura, também podem ter carregado e carregaram certamente. E sonhos que, se calhar, também tinham para mim e acabam por ter de adaptar-se. Mas a minha família conheceu muitos dos meus namorados, que passaram natais lá em casa e que foram a festas. Portanto, hoje em dia, sim, posso dizer que há uma aceitação absoluta, mas também nunca disseram que me punham fora de casa por causa disso".

"Não há nada que eu possa fazer, ser, existir que não deixe de viver nesse pecado. É o caso da minha família: nós vamos à missa desde pequeninos e, desde essa altura, está-se a incutir essa ideia de que estamos errados, de que pecamos por pensamentos, palavras, atos e ações, portanto não há sítio para fugir. Não há forma de uma pessoa pensar 'ah, não, isto é tranquilo' – e tem um peso muito grande. A primeira vez que eu estive com um homem, eu lavei-me com lixívia e foi com a necessidade de me tentar limpar dessa ideia do pecado, de me tentar limpar de um sentimento de imundice que vivia em mim." 

Hoje com 42 anos, João respira de alívio por estar livre da "vergonha" que sentia. "Nos últimos anos, há um salto muito grande em relação a isso e que tem a ver não só com a terapia que se faz, mas também com as pessoas de que me rodeei, da família escolhida de amigos, que me permite existir no ponto mais autêntico e me aceitar nesse sítio de maior autenticidade", afirmou.

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