José Manuel Anes deu as suas primeiras entrevistas desde que foi brutalmente agredido pela própria filha, Ana Anes, no passado dia 20 de outubro. Primeiro, à 'Casa Feliz', da SIC, o conhecido criminologista detalhou os pormenores da agressão violenta.
"A pancadaria era tanta que não dei pelas facadas", começou por dizer, acrescentando: "Facadas foi nos tendões, da mão, depois foi no estômago, atingiu o intestino delgado mas não o grosso e o estômago escapou, e depois nas pernas".
"No cérebro tenho um hematoma que vamos ver como é que ele evolui. E depois, é a dor moral. Essa é difícil de passar, por isso é que se ela vier com desculpas agora, nem pensar", garantiu.
Já ao 'Doa a Quem Doer', da CMTV, José Manuel Anes confirmou que a motivação da filha foi a ganância, como já tinha sido noticiado pela Flash!.
"Ela queria receber a casa [na Costa de Caparica] o mais rapidamente possível para a poder vender", afirmou, acrescentando: "Nunca pensei que ela passasse das palavras aos atos".
"Ela é tão louca que não vê que matando-me, não ia ter direito a nada", afirmou.
Em relação ao detalhe macabro sobre Ana Anes o ter tentando cegar, o professor universitário diz que se lembra dos dedos nos seus olhos, mas que conseguiu impedi-la de o ferir gravemente mordendo as suas mãos.
Anes confirmou que a filha é bipolar, já tinha tido acompanhamento psiquiátrico e que quando estava medicada "acalmava", mas que "deve ter deixado de tomar a medicação".
Anes aproveitou para negar as acusações bizarras da filha sobre o pai sido responsável pelo atentado de Camarate, mas assumiu ter trabalhado com a Mossad.
O criminologista receia que a filha volte a atacá-lo caso seja libertada. "Quando ela sair da prisão eu vou ter de ter cuidado (...) Se conseguir, acaba o que começou", alertou.
Recorde-se que Ana Anes está atualmente em prisão preventiva na cadeia de Caxias, internada na ala psiquiátrica. Vai responder por tentativa de homicídio, na forma qualificada, podendo ser condenada a uma pena de até 16 anos de prisão.
