Joana Latino, de 48 anos de idade, continua a chorar a morte do pai, assassinado há 16 anos num restaurante, quando jantava com uma amiga. "Estavam os dois, apareceu o ex-marido de há muitos anos dessa senhora com uma caçadeira para o matar, o meu pai pôs-se à frente... e acabou por levar o tiro. Ele foi um herói!", disse, emocionada, a jornalista da SIC, em 'Casa Feliz', o programas das manhãs da estação de Paço de Arcos.
O assassino do pai foi condenado em tribunal a quatro anos de pena de prisão. "Além do que me aconteceu a mim, que foi perder o meu pai, tenho de pensar no outro lado, no que aconteceu àquele homem e à sua família", recordou a comentadora do 'Passadeira Vermelha', acrescentando: "Ele tem uma filha mais ou menos da minha idade e eu acho que a vida dela deve ser infinitivamente mais complicada do que a minha porque foi o meu pai foi um herói e o pai dela... Como é que se tem um pai assassino?"
Perante tamanha tragédia na sua vida, Joana Latino viu-se obrigada a pedir ajuda médica para superar a dor da morte do pai. "Tive a sorte de falar com a minha tia, que é uma profissional da saúde mental, e que me explicou tão somente que tudo o que eu estava a sentir era normal e que eu tinha direito a isso... À raiva, à incompreensão, à negação, tudo! E isso foi fundamental!"
O apoio da mãe da jornalista da SIC foi também fundamental na superação do seu desgosto, ela que acabou por morrer recentemente, vítima de um cancro, drama de saúde que combateu durante quase quatro anos. "A minha mãe ajudou-me a fazer o luto dele em vida. Ajudou-me a despedir dela, antes que ela fosse, de facto, embora. Fizemos tudo o que tínhamos a fazer. Falámos sobre tudo o que tínhamos a falar."
