
O livro de Pinto da Costa, 'Azul Até ao Fim', é escrito em tom de diário e traz à tona alguns episódios recentes da vida do ex-presidente do FC Porto, focando-se nos últimos anos, desde que lhe foi diagnosticado um cancro na próstata. E a verdade é que a terrível notícia foi acompanhada por outras muito duras de digerir, como a morte de dois dos quatro irmãos, Alice e José Eduardo.
Foi apenas dois meses depois de descobrir que estava doente, em 2021, que Pinto da Costa se confrontaria com o primeiro golpe: a perda da irmã, que o marcaria profundamente.
"A minha querida irmã faleceu. Que duro golpe, meu Deus! Mais de 80 anos de verdadeiro amor fraterno! Foi irmã, conselheira, amiga, sempre compreendendo as minhas decisões, ainda que não concordasse. À frente do seu corpo, já sem vida, pedi-lhe que desse um beijo à Mãezinha e pedisse a Deus para abençoar os meus filhos, netos e amigos. Mas pedi para que não se esquecesse de me puxar para junto delas", escreveu no livro.
Um mês mais tarde, seria a vez de se despedir de José Eduardo, que descreve como mais do que um irmão, o seu melhor amigo. "O Zidá morreu, o José Eduardo, o Zé, meu companheiro de uma longa vida deixou-me. Foste sempre o meu melhor amigo", partilhou com tristeza para concluir. "Também estou ansioso por te reencontrar."
Além da perda dos irmãos, Pinto da Costa fala sobre as várias mortes de amigos que acabaram por fragilizar ao longo dos últimos anos, sobretudo Reinaldo Telles, que era como um braço-direito e Fernando Gomes, mais conhecido por Bibota.