Margarida Baker, a filha mais velha de Alexandra Lencastre e Piet Hein Baker, foi convidada do programa de Manuel Luís Goucha da última sexta-feira, dia 17 de janeiro, e falou sobre vários aspetos da sua carreira de atriz e também da dificuldade de já ter nascido filha de dois rostos mediáticos.
Durante a conversa, a jovem, que seguiu as pisadas da mãe e é atriz, fala de como foi estranho crescer nas capas de revistas cor-de-rosa e do peso do apelido dos pais, que a prejudicou mais do que lhe abriu portas.
Numa entrevista franca, a jovem lembra também o quanto mudou quando os pais se decidiram divorciar quando tinha apenas sete anos. "Após o divórcio dos meus pais tornei-me uma mini-adulta, o que nao me permitiu vivenciar certas partes da minha infância", começou por contar, acrescentando de a personalidade mais expansiva da mãe, que sempre colocou todos os pratos na mesa, fez com que o peso do divórcio se tornasse muito maior.
"Eu era uma miúda muito alegre e extrovertida e comecei a ser mais calculista, porque comecei a desconfiar mais do mundo, e a ser menos sonhadora. Não havia grandes filtros da parte da minha mãe, ela não é uma pessoa propriamente discreta, é muita fogacidade e intensidade para uma criança", diz, acrescentando ter herdado parte desse sangue latino da mãe, mas também alguma calma do pai, o produtor Piet Hein, repsonsável por ter trazido o 'Big Brother' para Portugal.
Na entrevista, Margarida, que faz essencialmente teatro, falou também da dificuldade de ser filha de uma suposta sex symbol, quando, na verdade, ela não herdou essa beleza convencional. A jovem diz que já viu esse facto fazer com que portas, nomeadamente as da televisão, se lhe fechassem, por não ter um rosto que se inserisse na indústria.
"Quando eu digo que é horrivel ser comparada é porque, por muitas provas que eu dê, estou condicionada. Há uma expectativa posta em mim e depois eu nao sou nada parecida com ela."
