As polémicas em torno da antiga direção do FC Porto, que deixou o clube em abril, não param de surgir. Começaram com a auditoria às contas dos administradores dos dragões, e que revelaram vários ilícitos, com Pinto da Costa e os seus homens de confiança a utilizarem os cartões de crédito do clube para despesas pessoais como joias, contas do supermercado, obras em casa e estadias em férias e agora estende-se também aos familiares do antigo presidente, nomeadamente os dois filhos, Alexandre e Joana.
A informação é avançada pelo Correio da Manhã deste domingo, dia 19 de janeiro, que revela que os filhos de Pinto da Costa fizeram um pedido firme à direção de André Villas-Boas: querem continuar a receber dinheiro do clube. O assunto prende-se com a proposta feita pelo novo presidente de dar o nome de Pinto da Costa ao museu do FC Porto. Alexandre e Joana disseram que sim, mas de acordo com algumas condições: querem receber royalties pelo uso do nome do pai, o que se traduz numa espécie de pensão vitalícia, que lhes garantirá proventos no futuro.
Um assunto que vem aguzdizar a tensão lançada nos últimos dias, e que André Villas-Boas já fez saber que será denunciada ao Ministério Público e que se traduz num rombo de mais de 50 milhões de euros pelo antigo presidente e administradores da SAD, que usaram dinheiro dos dragões para despesas de cariz pessoal. Há registo da compra de joias por parte de Pinto da Costa com o cartão de crédito do clube, pelo que, no caso de serem constituídos arguidos, os membros da antiga direção podem ver, no limite, os seus bens penhorados para garantir o pagamento da dívida.
André Villas-Boas já fez saber que irá até às últimas consequências para ver o clube ressarcido.
Os filhos de Pinto da Costa, recorde-se, tiveram sempre ligações profissionais ao clube durante os mandatos do pai. Joana trabalhava até há meses no departamento de marketing enquanto Alexandre intermediava negócios de jogadores. Nesse sentido, há milhões que estão desaparecidos e que também estão a ser investigados.
