
O cantor Ivo Lucas, de 33 anos, foi hoje condenado no tribunal de Santarém a uma pena de prisão de dois anos e quatro meses, suspensa por dois anos, mais a inibição de condução por um ano, pela morte de Sara Carreira, a 5 de dezembro de 2020.
À saída do Tribunal de Santarém, o ator e cantor recusou-se a falar e "fugiu" dos jornalistas. Mas o seu advogado abriu prestou declarações para o defender e ser porta voz do que lhe vai na alma. "O meu cliente, desde o princípio, estava pronto para aceitar qualquer que fosse o resultado. Apresentou-se em tribunal, respondeu ao que foi perguntado, não requereu abertura de instrução. Esteve cá para ajudar o tribunal a chegar à conclusão a que tinha de chegar", disse Rodrigue Devillet Lima.
E acrescentou: "Posto isto, é um processo altamente complicado e doloroso e queria fazer um apontamento: é extremamente complicado um pai que perde uma filha. Também sou pai e sei que é doloroso. Mas o meu cliente também está a passar um mau bocado".
CONCLUSÃO ERRADA: É PARA "CONTESTAR"
Por não estar bem psicologicamente, o causídico de Ivo Lucas afiança que o mesmo não ficará muito mais tempo em silêncio. "Vai reagir quando tiver que reagir", garante, desviando as declarações para um tema mais complexo e discutível, com críticas à juíza Marisa Dias Ginja: "Tecnicamente era um caso difícil de julgar. Não vou por em causa que a meritíssima fez o que era possível fazer, o que reproduziu em julgamento. Acho que a conclusão está errada e, provavelmente, porque ainda não li a sentença, não posso estar a dizer o que vou fazer, mas muito provavelmente, tendo em conta o que acho que aconteceu, a minha impressão é que vou recorrer".
Rodrigue Devillet Lima continua a bater-se pela inocência de Ivo Lucas e remata: "O meu cliente podia ter inventado histórias, não as inventou. Contou o que aconteceu, como pôde. É por isso que vou recorrer. Deus até castiga, mas não castiga duas vezes".