"Estou tão na merda, sem dinheiro, sem trabalho sem quase ninguém!", desabafou esta quarta-feira, dia 1 de novembro, a cantora Lena D’Água, de 61 anos, na sua página da rede social Facebook. Um dia depois de ter dado a conhecer o seu desespero financeiro, a cantora dos sucessos musicais 'Demagogia', 'Sempre Que O Amor Me Quiser' ou 'Vígaro Cá, Vígaro Lá' retirou da internet qualquer pista do pedido desesperado.
Contactada telefonicamente pela FLASH!, Lena D’Água desculpou-se com falta de tempo para falar: "Ai, desculpe, estou a meio de um ensaio e agora não posso falar", apesar de ter atendido logo ao segundo toque.
No último dia, no dia de Finados, o desabafo da artista gerou uma onda de solidariedade na internet, com centenas de comentários e mensagens de apoio e até pessoas a pedirem-lhe o número de identificação bancária para transferirem dinheiro para a conta da artista, em especial desde que esta passou do lamento aos atos e anunciou que tem vários bens para vender: "Vendo livros de [António] Lobo Antunes, botas 'Doc Martens' que comprei no Porto em 95, o meu piano, uma das minhas guitarras, uma estante 'Gato Preto', a minha cama, o meu colchão."
Os problemas financeiros de Lena D’Água, umas das mais carismáticas figuras da cena pop/rock portuguesa dos anos 80 e ainda 90 do século passado começaram precisamente no final do mesmo, na década em que atravessou uma experiência complexa com drogas, em especial com a heroína, e em que viu morrer subitamente o pai, o ex-treinador de futebol José Águas e depois a mãe.
Em 2002, a vocalista dos extintos Salada de Frutas participou num 'reality show' 'Big Brother' argumentando que "precisava de dinheiro", como aliás justificou numa entrevista à revista 'Sábado', 5 anos depois: "estive lá 15 dias e ganhei mil contos. A minha filha [Sara] ficou chocadíssima, mas eu estava-me nas tintas, queria era estar ocupada, viver aquela experiência. Fui eu que liguei para a produção e fiz três perguntas: 'se havia vagas, quanto pagavam e se havia bidé'."
