
A notícia inesperada da morte de Francisco Pinto Balsemão, aos 88 anos, deixou o país em choque. As manifestações de pesar chegam dos principais líderes políticos, que lembram a importância de um homem, que deixa a sua marca em diversas áreas e quadrantes da sociedade.
No entanto, há muito que entre o núcleo mais próximo do fundador da SIC se sabia que a sua condição de saúde era particularmente complicada e, nos últimos tempos, esses ecos iam chegando à esfera pública, da qual Balsemão se afastou para viver em recato a sua doença. Por exemplo, antes de falhar a última gala dos Globos de Ouro, no final de setembro, sem que fosse justificada a sua ausência, era noticiado que o antigo primeiro-ministro tinha passado algumas semanas internado, tendo regressado à sua casa de Cascais, onde a família teria montado uma espécie de hospital em casa para que Balsemão pudesse lutar contra a doença de que padecia entre os seus.
O estado de saúde de Balsemão levou a que a família optasse por montar na própria residência da Quinta da Marinha uma pequena unidade de apoio e vigilância médica, de forma a proporcionar maior conforto e segurança ao patriarca", era então escrito no '24 Horas'.
Apesar das notícias sobre o seu estado de saúde, a família sempre optou pelo recato, até agora, altura em que o país chora ao lado do clã a dura perda.
Na primeira reação após a morte de Balsemão, Luís Montenegro salientou o papel do fundador da SIC e disse que acompanhava de perto o seu quadro clínico. "Apesar de sabermos o estado de saúde em que se encontrava, era um lutador e já tinha debelado outras situações", lamentou o Primeiro-Ministro, mostrando estar em contacto com a família, tendo ainda falado com Balsemão no último verão.
É dessa altura que data, também, o seu último podcast 'Deixar o Mundo Melhor', numa entrevista com João Vieira Pereira, que marcaria o episódio 50 do formato.