
Juan Carlos não brinca em serviço. Farto de ouvir comentários negativos a seu respeito, o rei emérito de Espanha fez saber, através de um comunicado da sua advogada, na semana passada, que está a considerar processar por difamação o político Miguel Ángel Revilla, que por diversas vezes o acusou publicamente de corrupção.
Juan Carlos, de 87 anos, revelou que vai exigir uns "simbólicos" 50 mil euros de indemnização que serão doados à Caritas, em caso de vitória em tribunal.
Agora, a imprensa espanhola teve acesso às condições que Juan Carlos exige para não avançar efetivamente com o processo legal.
De acordo com a 'Lecturas', o pai de Felipe VI pretende que Revilla se retracte do que disse e que o faça "com o mesmo impacto" e nos mesmos meios de comunicação onde prestou as declarações que aborreceram Juan Carlos. Ou seja, Revilla deve vir a público retificar o que disse e terá de ser através de conferências de imprensa e entrevistas em programas de prime time.
Mas o rei emérito não fica por aqui: o político de 82 anos também deve "comprometer-se a não voltar a fazê-lo".
Segundo a mesma publicação espanhola, estas são as condições habituais quando se tratam de "violações de honra".
Revilla mantém o silêncio, mas já terá dado a entender que não pretende cumprir o que lhe é exigido, uma vez que sempre disse que "só comentou o que já circulava nas notícias".