
Giorgio Armani, que morreu na última quinta-feira, aos 91 anos, construiu um verdadeiro império mundial, tendo acumulado uma fortuna estimada em 13 mil milhões de euros. Sem filhos ou descendência direta, o criador de moda vinha, ao longo dos últimos anos, como que preparando o dia em que já cá não estivesse e, uma semana antes da morte, deu uma entrevista ao jornal inglês 'Financial Times', em que deixava antever o destino da sua herança.
"Os meus planos de sucessão passam por uma transição gradual das responsabilidades que sempre assumi para aqueles que me são mais próximos", disse nessa entrevista, nomeando algumas dessas pessoas: estilista Leo Dell'Orco, seu companheiro, e que desempenha o cargo de chefe de design masculino da marca, a irmã Rosanna, além de três outros membros da família: duas sobrinhas, Silvana e Roberta, e um sobrinho, Andrea Camerana. Todos estes já estão, há muito, integrados nas empresas do estilista, bem como na fundação de Armani.
O funeral do estilista decorre este fim de semana em Milão e só depois será aberto o testamento, no entanto, a entrevista dada por Armani antes da sua morte sugere que o companheiro e familiares diretos serão os que foram brindados com a sua impressionante fortuna. O criador de moda fez ainda questão de deixar um conselho aos herdeiros antes da sua morte. "Gostaria que a sucessão fosse orgânica e não um momento de rutura", afirmou na mesma entrevista.