
O cantor Toy, de 58 anos, revoltou-se, na qualidade de comentador do programa 'Extra' do 'Big Brother - Duplo Impacto', na TVI, com o facto de o consumo de canábis ser penalizado e em muitos casos proibido quando depois uma pessoa deprimida ser submetida a tratamentos com antidepressivos agressivos. "É extremamente inacreditável que a canábis seja proibida e que os antidepressivos super agressivos sejam autorizados", denunciou.
Toy compreende que a depressão, tal como a Covid-19, são "doenças jovens, doenças novas" e defendeu que na sua juventude, as preocupações eram "a de ter o que comer e o que beber e não ter dinheiro para gastar" e que "provavelmente não havia tempo para depressões ou ansiedades", embora perceba que hoje "existam", bem como entende "a função dos psicólogos".
O afamado artista mostrou-se bastante revoltado com a não liberalização total da canábis e manifestou-o: "Tenho que dizer que é uma vergonha que a canábis seja proibida pois também é uma forma de libertar a nossa ansiedade", defendendo que o afirma "dizendo a verdade" e que o faz porque não tem "filtros": "Que se lixe, quem gosta, gosta. Quem não gosta, paciência.".
A DOENÇA DA "PANELA DE PRESSÃO"
Para o autor dos sucessos musicais 'Toda a Noite' e 'Põe a Cerveja no Congelador', as pessoas mais velhas, como ele, têm uma visão diferente do que é ter depressão ou sentir-se deprimido, e explicou-o em menos de um minuto: "Para pessoas da minha idade e até de idades mais altas, depressão é 'a doença da panela de pressão'. Eu próprio dizia isto até há bem pouco tempo. Mas compreendo as pessoas mais jovens pois há aqui desequilíbrios que têm que ser revistos. Percebo as pessoas que têm tudo, mas a quem há sempre alguma coisa que falta", rematou.