
A congressista norte-americana Alexandria Ocasio-Cortez, de 34 anos, confessou ter ficado chocada ao perceber que imagens suas foram usadas num vídeo falso de pornografia, gerado por inteligência artificial.
Em declarações à 'Rolling Stone', citada pelo 'New York Post', Alexandria revelou que viu as imagens em fevereiro quando estava a ver o feed da rede social X (antigo Twitter). "Há um choque em ver imagens de si mesma que alguém pode pensar que são reais", disse Alexandria. "Como sobrevivente de agressão sexual física, isso acrescenta um nível de disfunção. Faz ressurgir o trauma, enquanto estou a tentar... no meio de uma reunião."
O vídeo deepfake mostrava o rosto de Alexandria no corpo de uma mulher a realizar sexo oral num homem. "Não é tão imaginário como as pessoas querem fazer parecer", argumentou. "Tem efeitos reais, reais, não apenas nas pessoas que são vítimas, mas nas pessoas que o veem e o consomem. E quando se vê, já se viu".
Para Alexandria, os danos da "digitalização da humilhação violenta" são semelhantes aos da violação física. "As crianças vão matar-se por causa disto", disse. "As pessoas vão matar-se por causa disto".
A congressista está desde março a lutar por uma lei para que seja mais fácil que as vítimas de pornografia de IA não consensual possam processar editores, distribuidores e consumidores de falsificações digitais.
Alexandria é vítima de bullying online desde que foi eleita pela primeira vez em 2019, muitas vezes com conteúdos sexualmente explícitos. Ela acredita que é uma forma de forçá-la a sair da política. "E adivinhem, seus filhos da pu&/?. Eu não vou a lado nenhum. Aceitem-no".