
Céline Dion está a atravessar um momento extremamente delicado na sua vida pessoal e profissional, não só estando impossibilitada de dar concertos, por ter dificuldades em sequer mexer-se, obrigando-a a ficar enclausurada em casa. A cantora canadiana sofre de uma rara doença neurológica incurável, síndrome de Moersch-Woltman, também conhecido como síndrome da pessoa rígida, que atinge um a cada um milhão de pessoas.
A artista de 55 anos revelou pela primeira vez a doença em outubro de 2021, cancelando os espetáculos que estavam agendados para novembro, janeiro e fevereiro do ano seguinte, em regime de residência artística, no Resorts World, em Las Vegas.
Na altura, lamentou as limitações criadas pelos "espasmos musculares persistentes" que sofria e prometeu que se iria concentrar em melhorar o seu estado de saúde. "Estou de coração partido. Eu e a minha equipa temos estado a trabalhar no nosso novo espetáculo nos últimos oito meses e não poder abrir em novembro deixa-me mais entristecida do que palavras possam descrever", referiu num comunicado.
Porém, a ambição de voltar aos concertos saiu gorada. Em janeiro de 2022, voltou a cancelar as atuações para a América do Norte da digressão com base no seu último trabalho, ‘Courage’, lançado três anos antes, isto é, pouco antes do início da pandemia de covid-19.
"Esperava já estar pronta, mas tenho de ser mais paciente e seguir o regime que os meus médicos prescreveram. Há muita organização e preparação nos nossos espetáculos e por isso tenho que tomar decisões hoje que vão afetar os planos relativos a daqui a dois meses", explicou, na altura.
Recuperação está a demorar muito ou pode nem acontecer
Já em abril seguinte, foram os concertos da digressão europeia, que não incluíram datas portuguesas, a serem cancelados. Contudo, a cantora natural de Charlemagne, no estado canadiano do Quebeque, mostrava-se mais otimista e até alentou os seus fãs com boas notícias: "Estou um bocado melhor. Mas está a ser algo muito lento e é muito frustrante. Estou a ter tratamento, mas ainda estou a sentir alguns espasmos e a recuperação está a demorar muito mais tempo do que eu esperava", confessou.
Desde então que foram sendo revelados detalhes sobre a progressão da doença e o sofrimento da voz de ‘My Heart Will Go On’ e novamente na primeira pessoa, com os restantes concertos até 2024 a encontrarem o mesmo destino dos anteriores, o cancelamento.
"Infelizmente esses espasmos afetam todos os aspetos da minha vida diária", admitiu nas redes sociais, em dezembro. Claudette Dion, irmã da artista, já havia confirmado que os espasmos continuavam e explicou que a sala no Caesars Palace onde Céline atuava, ‘The Colosse’, pode ter contribuído para a "perturbação dos nervos e músculos da pélvis".
Sabe-se agora que o quadro clínico de Céline Dion se voltou a agravar-se. Depois de ter vendido a casa em Los Angeles para residir perto da família no Canadá, uma fonte próxima da cantora disse à ‘RadarOnline’ que a situação é grave e que a possibilidade de nunca mais os fãs a poderem ver em palco é mesmo realista.
"Ela mal se consegue mexer. A Céline está numa quantidade enorme de dor. Ela tem a melhor equipa médica que o dinheiro pode comprar, mas as coisas não estão com bom ar. A doença é incurável. E mesmo que ela tenha trabalhado duramente com médicos e terapeutas, ela simplesmente não está a ficar melhor", rematou a fonte.