
Nos anos que se seguiram ao anúncio de que Daniel Craig iria filmar o seu último James Bond – ‘Sem Tempo para Morrer’, que brevemente estreará nas salas – os rumores sobre quem seria o eleito para a sucessão foram muitos e entre os nomes falados, como Idris Elba, parecia haver a possibilidade de que o mais famoso agente secreto do grande ecrã fugisse ao perfil de homem caucasiano até agora sempre utilizado para o 007.
No entanto, o próprio Daniel Craig veio agora afirmar que não concorda com essa perspetiva, não por discriminação, mas porque papeis desse relevo deveriam começar a ser construídos para mulheres e minorias: "Deveria haver papeis melhores para mulheres e atores negros. Porque é que uma mulher havia de interpretar o James Bond quando deviam existir papeis tão bons como o Bond, mas para uma mulher?"
Esta linha de pensamento fora já utilizada aquando da propagação deste tema em anos anteriores: em 2017, Halle Berry, que assumiu o papel de ‘Bond Girl’ em ‘007 – Morre Noutro Dia’, de 2002, afirmou à ‘Entertainment Tonight’ que "os filmes estão baseados nas histórias do Ian Fleming, não acho que se possa mudar Bond para o feminino." Em 2018, a atriz Rosamund Pike frisou que "preferia que fosse escrita uma nova história" e justificou: "O James Bond é uma personagem que o Ian Fleming escreveu. Usem uma das ‘Bond Girls’ e deem-lhe uma história própria, porque, para mim, o James Bond é uma personagem masculina. Porque é que uma mulher devia ficar com as sobras?"
De referir, todavia, que em ‘Sem Tempo para Morrer’ haverá sim uma novidade no feminino, mas na pele do agente 007: com James Bond fora do serviço no início do filme que estreia no próximo dia 30 de setembro, a personagem de Lashana Lynch assume o famoso código.