Flávia Pedras, ex-mulher de Jô Soares, esclareceu o porquê de a família não ter revelado a causa de morte do apresentador, em agosto passado, e do seu caixão ter ficado fechado.
"Nenhuma razão específica. Ou para ensinar as pessoas a serem menos 'futriqueiras'. As pessoas ficam velhas e morrem de causas naturais. Ele gostava da vida privada", disse a ‘O Globo’.
"Tendo a sua morte sido natural e não trágica, felizmente, e sendo ele um sujeito elegante em vida, desejámos que a morte dele fosse um pouco mais calma e reservada. Ele mostrou-se tanto em vida, estava de bom tamanho. Quis caixão fechado e cremação, tudo rápido, e teve todo o meu apoio", completou a designer gráfica.
"Os últimos momentos dele foram um deslumbramento. O estado de afiada consciência e a inesperada completa perda do medo de morrer foram de uma beleza sem fim. Agora, por exemplo, estou aos prantos a o lembrar-me das nossas últimas horas", rematou.
Jô Soares, que morreu aos 84 anos, esteve casado com Flávia Pedras entre 1987 e 1998. Foi a sua terceira mulher, depois de Teresa Austregésilo, já falecida, e Sylvia Bandeira.
A amizade com o apresentador prolongou-se até ao último suspiro e, também por isso, este alterou o seu testamento dois meses antes para deixar a sua fortuna a funcionários e a Flávia, que agora justificou esta escolha: "A resposta para a pergunta é simples: o [empregado] que estava há menos tempo em casa [de Jô Soares] estava [a trabalhar para ele] há mais de 20 anos", disse.
