Há cinco fins de semana seguidos que Felipe não pernoita do Palácio da Zarzuela. Para além de uma das vezes em que foi visto com alguns amigos na neve, não há relatos de como o rei de Espanha passa os dois dias em que sai de casa. Por outro lado, também a rainha Letizia se mantém à margem de tudo e de todos. Não se sabe se por imposição do marido ou por vontade própria.
O que está visível aos olhos de todos é que os reis estão cada vez mais afastados e que o casamento real passa por uma enorme crise. A crise provocada pelas declarações de Jaime del Burgo que acusa a ex-jornalista de ter traído o marido, começa a dar sinais físicos em Letizia: está (ainda) mais magra, terá ataques de ansiedade e o cabelo está a cair de forma preocupante.
Mas também Felipe não está bem. Humilhado publicamente perante o seu país e o mundo inteiro, o rei vive dias muito angustiantes, pois sente-se cada vez mais isolado. Por amor à mulher, foi-se distanciando dos seus amigos e, especialmente, da sua própria família. O monarca quase que cortou relações com as duas irmãs, as infantas Elena e Cristina, e com o seu pai, o rei emérito Juan Carlos.
Só com a mãe, Felipe parece ter uma ligação mais próxima, mas ainda assim a emérita foi algumas vezes distratada pela nora e o filho nada fez para a defender a rainha Sofia. Há, portanto, algumas mágoas que não deixam o monarca acercar-se da mãe de uma forma plena.
Por tudo isto, o homem que é o chefe de Estado do país vizinho, tem tentado aproximar-se dos amigos que no passado acabou por colocar de lado. E, ao que parece, tem sido com alguns desses amigos que Felipe tem aproveitado os poucos momentos sem agenda oficial. Idas a restaurantes, passeios e excursões improvisadas à neve para esquiar, serão alguns dos programas que lhe têm feito bem, mas não são suficientes para lhe tirar o sofrimento que vive na intimidade e na mais profunda solidão.
